Prefeitura e Estado garantem incentivos para instalação de indústrias em Porto Velho

A aposta das multinacionais Alstom e Bardella no potencial do estado de Rondônia com a instalação da Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia (IMMA), em Porto Velho, motivou os discursos acalorados das autoridades locais, na tarde desta quinta-feira, 18, durante a inauguração da primeira indústria de bens de capitais da Região Norte, a IMMA. Tanto o governo do Estado de Rondônia como a prefeitura de Porto Velho manifestaram-se sobre os incentivos tributários e fiscais, garantindo-os às empresas que desejam instalar-se no município que se transforma em forte pólo industrial.

O governador de Rondônia, Ivo Cassol, disse que a IMMA é um exemplo de empresa que veio para ficar como indústria genuinamente rondoniense, preocupada com a capacitação dos trabalhadores, dos filhos dessa terra. Como defensor do Estado, Cassol elogiou a iniciativa da IMMA de implementar a mão de obra local para o atendimento à construção da usina de Santo Antonio e outras obras como a de Belo Monte (Pará), do Peru, entre outras. Ele disse ainda que Rondônia é um estado de riquezas minerais extraordinárias e com capacidade de se tornar um pólo siderúrgico em potencial graças à matéria-prima abundante, defendeu a implantação da ferrovia Centro-Oeste em Rondônia desde que garanta resultados viáveis à classe empresarial. O Estado contribuiu decisivamente para a instalação da IMMA em Porto Velho, por meio da outorga feita pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado (CONDER), do incentivo tributário de 85% de crédito presumido de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e doação de área de mais de 200 mil metros quadrados no distrito industrial.

As palavras do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho referiram-se ao desenvolvimento do município que não pode ser passageiro. “Não queremos que Porto Velho seja apenas corredor de escoamento da produção nacional e, sim, que o município agregue tecnologia, absorva mais empreendimentos, inclusive quando tratamos de investimentos em capital humano”, analisou Sobrinho que convocou a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) a cerrar fileiras com foco no pólo industrial de Porto Velho.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Denis Roberto Baú, falou aos empresários sobre as vantagens comparativas e competitivas que Rondônia apresenta, bem como, a nova dimensão que o estado assume ao posicionar-se no coração da América do Sul, em virtude da localização estratégica e facilidades logísticas que o retratam como o maior hubb brasileiro. Baú atentou os presentes para o vigoroso processo de explosão econômica, pelo qual Rondônia passa, não somente com relação ao processamento dos recursos naturais, como também aos empreendimentos de diversificados segmentos com alto grau tecnológico já desencadeados pela IMMA.

A vinda de mais empresas a Rondônia – na visão de Cassol – depende também do governo federal para que dê incentivos fiscais oriundos de cada estado, respeitando as potencialidades regionais. Ele foi enfático ao comentar que a bancada federal tem que intervir na legislação tributária.

Para o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, as parcerias com empresas estrangeiras são oportunas, mas as empresas brasileiras vão além-mar com as multinacionais, como é o caso da presença da Alstom e Odebrecht. “O Brasil está na rota do desenvolvimento e é o país do presente. Nenhuma empresa internacional é melhor do que as nossas. Os nossos operários são mais eficientes e os nossos empresários são competentes. A Alstom e Bardella não se arrependerão do investimento que empreenderam neste Estado”, afirmou o ministro e em nome do presidente Lula, Edison Lobão finalizou deixando a mensagem aos empresários que “os tempos atuais são a madrugada dos novos tempos que virão”. 

Fonte: Ascom