Terça-feira, 8 de abril de 2014 - 15h44
A Prefeitura de Porto Velho, por iniciativa da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (CMPPM) e em parceria com empresas, igrejas e outros voluntários, está levando aos locais que abrigam os desalojados pela enchente do rio Madeira oficinas de capacitação para a geração de renda, ações de entretenimentos para as crianças e atividades que visam o resgate de autoestima.
As ações foram iniciadas na escola Orlando Freire, no domingo (06), e contou com a presença do vice-prefeito, Dalton Di Franco, que aproveitou o momento para ouvir as pessoas e dar também alguns esclarecimentos sobre as iniciativas da Prefeitura para resolver os problemas apresentados. “Queremos atender as necessidades dessas pessoas. Sabemos que com a enchente elas perderam não apenas seus bens, mas perderam também parte de seus projetos de vida. Elas questionam sobre quando poderão sair dessa escola para um local melhor. A Prefeitura está trabalhando nesse sentido, no entanto, para esse momento de emergência está sendo oferecido aquilo que temos”, afirmou.
Sobre as atividades realizadas pela CMPPM e seus parceiros, Franco destacou sua relevância. “Creio que ações como estas são importantes porque trazem um pouco de alívio à rotina a qual essas pessoas estão submetidas. Enquanto tentamos resolver realmente cada uma dessas situações, um corte de cabelo já é uma pequena forma de amenizar sofrimentos. As oficinas, por sua vez, trazem a expectativa de geração de renda por meio de serviços não muito complexos. São formas pelas quais essas mulheres poderão lutar para a obtenção de recursos financeiros que tragam alívio às condições de suas famílias”, disse o vice-prefeito.
Segundo Antônia Ferreira, coordenadora da CMPPM, diversas atividades foram programadas para ser levadas aos locais de abrigos. “Estamos iniciando aqui um ciclo de oficinas. Vamos iniciar com a capacitação para o fabrico de bijuterias feitas com garrafas Pet, oficinas de ovos de chocolate e bombons. Depois, vamos oferecer também oficina de bonecas de lã, de panificação caseira, de bordados e lembrancinhas e outras mais. É uma oportunidade para as mulheres adquirirem novas habilidades para a geração de renda. Estamos contando com nossos parceiros, como é caso do Projeto Raabe, da Igreja Universal do Reino de Deus, que realiza uma oficina de sandálias decoradas. Todo esse material vende muito bem quando montamos o bazar. As oficinas são rápidas e permite que as mulheres já comecem logo a trabalhar. Estamos iniciando com as mulheres vindas da região do baixo Madeira, que estão aqui no Orlando Freire, mas vamos levar essas atividades para todos os outros abrigos”, explicou.
A empresa Miro’s Cabeleireiros compareceu às ações por meio de uma equipe de sete profissionais que atenderam crianças, jovens e adultos. Segundo Miro, por ser natural de Brusque, cidade de Santa Catarina que muitas vezes tem padecido com problemas de enchentes, sabe reconhecer a necessidade das pessoas que atravessam esses dilemas. “O benefício do nosso trabalho é trazer a essas pessoas um pouco mais de autoestima. Por isso, trouxe nossa equipe para oferecer essa forma de conforto. Estamos colocando em prática o projeto Tesoura Solidária, com o qual queremos atrair também outros parceiros deste ramo de atividades, a fim de que possamos atender gratuitamente a todas as pessoas que estão nos abrigos com os cortes de cabelo”, informou.
De acordo com Rosângela dos Santos, desabrigada do distrito de São Carlos, é importante que a prefeitura faça ações desse tipo, tendo em vista que as pessoas nos abrigos estão vivendo momentos de tensão. “Estamos há mais de um mês aqui nesta escola. Essa iniciativa vem ajudar bastante, porque as pessoas estão ficando muito estressadas por não ter o que fazer. Perdemos tudo e precisamos obter alguma renda, porque estamos já com dificuldades financeiras. Nossa vida aqui está triste, se não tiver iniciativas como esta nossa situação fica ainda pior”, afirmou.
Atividades lúdicas foram também realizadas com as crianças por iniciativa de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que levaram pula-pula e desenvolveram diversos tipos de brincadeiras. No abrigo, estão 32 homens, 16 mulheres, 09 crianças, 08 adolescentes e 12 jovens, segundo informou Nilva Lopes, assistente social da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), responsável pelo abrigo no Orlando Freire. “As pessoas chegaram no dia 25 de fevereiro e ao longo dos dias a quantidade aumentou bastante. Devido à tensão das pessoas, tivemos alguns casos de separações de casais aqui. As pessoas ficam nervosas porque eram produtivas em São Carlos e estão paradas agora, sem nada para fazer. Esta iniciativa ajuda um pouco mais nas relações entre as pessoas, pois elas estão ficando muito inquietas. Aguardamos que outros se sensibilizem para realizar ações em prol dessas famílias, porque elas estão precisando bastante”, destacou.
Fonte: Renato Menghi
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