Quarta-feira, 10 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

Prefeitura abre licitação para a construção de aterro sanitário


O prazo para que os municípios brasileiros entregassem o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos expirou no sábado (02), mas cerca de 60% deles não cumpriram a data especificada pela Lei 12.305/10, segundo divulgou o portal da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A entidade pediu prorrogação de prazo e deve ser atendida pelo Governo Federal, em vista das reais dificuldades apresentadas pela maior parte dos municípios no atendimento às especificações da lei. Em Porto Velho, segundo informou o secretário municipal de Serviços Básicos (Semusb), Ricardo Fávaro, apesar dos esforços do município para se adequar às determinações federais, algumas situações se apresentaram como elementos impeditivos.

Fávaro explicou que a Política Nacional de Saneamento Básico para os municípios determina planejamentos que envolvam a destinação de esgotos, oferta de água tratada, tratamento e destinação dos resíduos sólidos, entre outros itens. “Na nossa região vivemos uma situação diferenciada em relação a isso, porque o saneamento básico é de competência do Estado e o lixo é de competência dos municípios. Subtende-se, então, que a lei de resíduos sólidos, já que está dentro do Plano de Gestão, deve admitir que para o nosso caso o prazo seja diferenciado, porque temos que realizar uma adequação que não foi feita antes. Esse é o nosso entendimento e o assunto deve ser muito discutido, pois inclui outras instâncias implicadas”, observou.

Quanto ao aterro sanitário o secretário esclareceu que com a aquisição dos estudos ambientais o município já deu o passo que é geralmente considerado como o mais difícil. “Temos essa parte totalmente concluída e estamos agora na fase do licenciamento, mas temos nos deparado com dificuldades geradas por órgãos que estão apresentando entraves, quando o que esperávamos deles seria a cooperação, porque se trata de matéria de grande interesse da população”, disse Fávaro, também destacando a possibilidade do município acionar o caso na Justiça. “Não tenho dúvidas de que a Prefeitura venceria a questão, porque já estamos de posse de todos os estudos e de tudo o mais que se pede para aprovar o licenciamento”, frisou.

Sobre a licitação para a construção, o secretário esclareceu que o processo sofreu demora por causa da quebra de contrato com a empresa Marquise, que assumia o compromisso do empreendimento. Uma nova licitação será publicada ao longo desta semana para a contratação de nova empresa em regime de Parceria Público-Privada (PPP). A empresa selecionada fará os serviços de coleta e destinação do lixo e deverá também construir e operar o aterro sanitário, cobrando tarifa pelo seu uso. A Prefeitura entrará com a área, estudos técnicos e licença. O secretário também esclareceu que o lixão que a Prefeitura utiliza atualmente deve ser visto como diferenciado em relação a outros denominados de lixão a céu aberto. “Não se trata de justificar a falta de um aterro adequado, mas o que temos em Porto Velho pode ser chamado de lixão controlado. Colocamos os taludes para eliminar os gases, não tem foco de incêndio, funciona em sistema de células e é coberto. A forma de uso em muito se parece com um aterro, mas falta ainda manta térmica e outros tipos de tratamentos, mas não é um lixão a céu aberto e seu funcionamento justifica a denominação de lixão controlado”, destacou.

Fávaro explicou que se a Prefeitura fosse obrigada a colocar imediatamente um aterro sanitário em funcionamento, a situação ainda estaria sob controle, porque o aterro de Jirau, que recebe os resíduos dos distritos do eixo da BR, poderia atender a zona urbana por uns seis meses ou um ano, talvez. Disse que haveria alguma dificuldade para a adaptação do transbordo diário, mas que o município poderia atender à determinação. Também enfatizou que a situação de Porto Velho não deve ser vista como atrasada em relação a outros, já que a maior parte dos municípios do Brasil não tem condições de apresentar um aterro sanitário, visto que se trata de projeto caro para construir e operar. “Estamos, portanto, aguardando apenas a solução de assuntos que não dependem exatamente de nós, mas vamos ter nosso aterro sanitário e ele atenderá com eficiência às nossas necessidades”, concluiu.

Fonte:  Renato Menghi

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 10 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Alero convoca secretário para explicar crise na saúde pública de Rondônia

Alero convoca secretário para explicar crise na saúde pública de Rondônia

Nesta terça-feira (9), a Comissão Geral de Saúde da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) convocou o secretário estadual de Saúde, Jeferson Roc

Cristiane Lopes participa da entrega de 404 títulos de propriedade em Porto Velho

Cristiane Lopes participa da entrega de 404 títulos de propriedade em Porto Velho

A deputada federal Cristiane Lopes participou, no Teatro Banzeiros, da entrega de 404 títulos de propriedade a moradores de Porto Velho, contempland

Deputado Alex Redano comemora sucesso do aulão Acelero Enem 2025 em Ariquemes

Deputado Alex Redano comemora sucesso do aulão Acelero Enem 2025 em Ariquemes

O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano (Republicanos), prestigiou neste sábado (06) o Aulão Acelero Enem 2025, rea

Projeto de Cristiane Lopes que amplia voos para Rondônia avança com apoio de Ministro

Projeto de Cristiane Lopes que amplia voos para Rondônia avança com apoio de Ministro

Em audiência realizada no Ministério dos Portos e Aeroportos, a deputada federal Cristiane Lopes (União-RO) reuniu-se com o ministro Silvio Costa Fi

Gente de Opinião Quarta-feira, 10 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)