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Prefeito se reúne com moradores da Vila Princesa



O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho se reuniu na noite desta quarta-feira, 31, com os moradores da Vila Princesa para discutir as propostas de retirada das famílias do local e também a questão do novo aterro sanitário que tem o objetivo de garantir uma melhor qualidade de vida da comunidade e do entorno. Na ocasião estiveram presentes os secretários municipais de Assistência Social, Benedita do Nascimento, de Serviços Básicos,Prefeito se reúne com moradores da Vila Princesa - Gente de Opinião Jair Ramires, de Desenvolvimento Sócio-Econômico E Turismo Agnaldo Nepomuceno, de Saúde Williames Pimentel, de Projetos Especiais, Pedro Béber, de Regularização Fundiária e Habitação, Ian Kleber, a chefe de gabinete, Miriam Saldanã, o adjunto de Meio Ambiente, Flávio Moraes, de Educação Irivaldo Almeida e a deputada estadual Epifânia Barbosa, além dos coordenadores de Políticas Públicas para Mulheres, Mara Regina, de Políticas Públicas para Juventude, Samuel Pessoa, do representante dos moradores da Vila Princesa, José Lourenço, da representante da cooperativa de catadores Maria Irene e dos vereadores Pastor Delson e Marinho Melo.

A prefeitura de Porto Velho vai mudar a forma como tratar o lixo e por sugestão do Ministério Público, as famílias devem ser retiradas do local ou morar a uma certa distância do aterro. “ Vamos construir um aterro sanitário, pelo qual o lixo será tratado de forma adequada. A nossa preocupação agora é de que maneira nós poderemos encaminhar as famílias que dependem da catação de lixo”, afirma o prefeito.

Cadastramento

Segundo o prefeito, metade das famílias do local vive da coleta de lixo. Um levantamento feito de casa em casa pela secretaria municipal de Assistência Social (Semas), aponta que das 156 famílias visitadas, 100 querem ficar na vila, o restante quer ir para a cidade. “Assim como nós queremos resolver o problema ambiental que é o trato do lixo, também queremos resolver o social que é melhorar a qualidade de vida. Estamos aqui buscando uma solução”, afirma Roberto Sobrinho.

Mediante a primeira proposta sugerida pelo prefeito de que todas as famílias fossem para a cidade, a moradora Nadia Passos da Silva, manifestou a preocupação sobre como os catadores que sobrevivem e sustentam suas famílias com esta atividade , iriam viver na cidade. “Mesmo que eu ganhe uma casa, eu que tiro meu sustento desse lugar, como vou gerar a minha renda?”, questionou a catadora Jelcimar Souza.

Segundo os levantamentos técnicos, não é possível que as 180 famílias, cerca de 600 pessoas continuem vivendo perto do local onde será o aterro, tem que ter pelo menos quinhentos metros de perímetro, esclareceu o prefeito ao questionamento do morador Francisco Rodrigues Fontenele sugeriu que a Vila fosse construída do outro lado da BR 364.

Os próprios moradores admitem que a retirada destas familias da Vila Princesa não é uma tarefa das mais fáceis e sugerem permanecer no local, onde gostariam que fossem instaladas uma empresa de reciclagem e também a construção de um galpão de coleta seletiva. “A Vila não é somente de catadores, tem pessoas que trabalham nas usinas e também na cidade e depois da inauguração do posto de saúde recebemos pessoas vindas de outros lugares como Labrea e Jacy Paraná”, afirmou Anacleto Wanderley de Andrade,um dos moradores mais antigos da vila, conhecido como Baiano.

A deputada estadual Epifânia disse ser este um momento em que a comunidade pode esclarecer todas as dúvidas e chamou a lembrança um caso recente de remoção de moradores realizada pelo prefeito Roberto Sobrinho. “Parabéns a prefeitura pela iniciativa, é importante ter este espaço para que a comunidade possa ser ouvida e para que seja decidida pela melhor alternativa para todos”, enfatizou Epifânia.

 

O Aterro

No próximo dia 16 de setembro haverá uma audiência pública convocada pela secretaria de estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), onde a população poderá dar opinião sobre o assunto.Somente depois dessa audiência é que a Sedam deverá liberar para começar a construção do aterro. Se o resultado for afirmativo a prefeitura vai desapropriar e comprar o terreno em frente a vila do outro lado da BR. A lei manda analisar três lugares e pelo estudo feito pela prefeitura o lugar que causaria menos impacto para que o aterro seja construído é do outro lado da BR364 em frente à Vila.
 

Proposta aprovada

Depois de muita discussão, a proposta do prefeito Roberto Sobrinho para os moradores que obteve maioria favorável foi a seguinte: Se o aterro for para o outro lado da BR 364, a prefeitura vai trabalhar no sentido de conseguir recursos para construir um conjunto habitacional para as famílias que querem continuar trabalhando com a coleta do lixo, desde que cumpra a distância exigida pela lei ambiental e do que o Ministério Público determinar. A “Nova Vila Princesa” como poderá ser nominada será um conjunto habitacional, com escola, unidade de saúde e emprego no galpão de triagem para os catadores. Os prazos não ficaram definidos, apenas o primeiro passo, que será a reunião do dia 16 de setembro feita pela Sedam para ouvir a população sobre o novo aterro. Os comerciantes questionaram sobre os investimentos que fizeram nos estabelecimentos, como a padaria, o salão de beleza e outros e que gostariam de ser indenizados ou receber o equivalente junto às novas moradias. Essas questões, o prefeito afirmou que serão discutidas com a comissão de representantes da Vila,

Ao final da reunião foi montada uma comissão formada pela diretora da escola, representante da Igreja e da Associação de Mulheres que vão discutir o andamento do processo com a prefeitura e com os moradores O prefeito solicitou a presença de todos os moradores interessados a comparecerem na audiência do dia 16 de setembro no teatro Banzeiros.

Fonte: Rebeca Barca / Nara Vargas

 

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