Quarta-feira, 23 de outubro de 2013 - 20h30
O grande Encontro de Lideranças do Movimento Indígena Morogita Kagwahiwa do Brasil, reunindo os povos indígenas de Rondônia e Amazonas, está em vigília pelo julgamento dos embargos de declaração na Petição 3388 relativos à demarcação continua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, ocorrida por decisão da Corte em 2009.
Os povos Tenharim, Parintintin, Mura, Jiahui, Munduruku, Gavião, Miranha, Arara, Zoró, Karitiana, Torá, Apurinã e Macuxi realizaram uma marcha pelas ruas de Humaitá, onde se realiza o evento, e fechamento da BR-319 por algumas horas.
O objetivo foi protestar contra a atual política indigenista em curso no Brasil, pela ofensiva de retirada de direitos na Câmara Federal pela bancada ruralista e pelo julgamento no Supremo Tribunal Federal das 19 condicionantes da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
"Hoje já sofremos muito a ofensiva dos grandes projetos na Amazônia, a violência da Polícia Federal que no ano passado matou parente Munduruku e até agora não ouve punição, a Força Nacional e o Exército para nos amedrontar, ameaçar e matar para dar lugar às barragens e hidrovia com desmatamento para produzir soja e jogar veneno em nosso povo. Por isso vamos fechar a BR-319 como exercício de cobrança de nosso direito porque vivemos numa grande aldeia chamada Brasil", disse Aurélio Tenharim.
O deputado federal Padre Ton (PT-RO) participou da abertura do encontro, iniciado no dia 21, e também o deputado estadual Sidney Leite (DEM-MA). As conquistas estabelecias na Constituição Federal de 1988, “um marco para a garantia dos direitos indígenas”, e um histórico das Cartas anteriores foram temas abordados por Padre Ton, presidente da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas.
As lideranças indígenas manifestaram repúdio contra a situação de abandono dos povos e o preconceito que afetam as comunidades. Afirmaram que os parentes estão morrendo, enquanto a sociedade envolvente alarma quando morre um pássaro ou um animal e nem liga para as mortes de indígenas e suas crianças. “Os povos indígenas vigiam e guardam suas terras sem cobrar nada, enquanto os órgãos públicos ganham muitas diárias sem defender a natureza”, afirmou Antenor Karitiana
Margarida Tenharim disse que já se passaram 500 anos e os povos indígenas imaginavam outros 500 diferentes. “Porém, a situação continua igual ou pior. Nós, como mulheres, apostávamos na presidente Dilma, por ser mulher. Porém, ela está nos decepcionando. Ela deveria ter mais respeito por nossos povos, mais respeito com o povo brasileiro. Nós somos os originários das terras e não queremos que tenha mineração em nossas terras”.
Em seu pronunciamento sobre as propostas legislativas em tramitação na Câmara dos Deputados, Ivanildo Tenharim avalia que o governo brasileiro, junto com as lideranças indígenas, tem capacidade de elaborar as propostas sobre mineração, saúde e educação. “Nós podemos fazer nossos projetos. Não precisa copiar de europeus e dos outros”.
Fonte: Mara Paraguassu com informações de Iremar Ferreira e Cimi
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