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Plano faz diagnóstico da situação do trânsito em Porto Velho


O Comitê Municipal de Redução de Acidentes apresentou nesta quinta-feira, 08, a minuta do Plano Municipal de Redução de Acidentes e Segurança Viária de Porto Velho 2011 – 2020. O Plano tem por objetivo diagnosticar a situação atual e prospectar o futuro do trânsito municipal identificando os fatores de risco através da análise de dados estatísticos e cenários futuros.

A coordenadora do comitê, Régia Martins, da secretaria municipal de Saúde (Semusa),lembrou que a elaboração do plano partiu de uma proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) que criou, em fevereiro de 2010, o período de 10 anos dedicado à segurança viária, recomendando medidas imediatas de prevenção à segurança viária. “Estudos apontam os acidentes de trânsito como a principal causa de morte prematura e de ferimentos incapacitantes na população de jovens em todo mundo. A meta do plano é reduzir em cinquenta por cento os índices de mortes e feridos, por meio do comprometimento de todas as esferas de poder e efetivo controle social”, afirmou a coordenadora.

O documento representa ainda um instrumento de planejamento estratégico que elege a preservação da vida e saúde humana, como centrais na elaboração de políticas públicas e ações da iniciativa privada de curto, médio e longo prazos, a partir dos objetivos e diretrizes propostas para a redução dos acidentes de trânsito no município. No entanto, se não houver o envolvimento da sociedade, o plano pode não surtir efeito.

Para a redução dos acidentes de trânsito, é necessária uma mudança de filosofia para que a vida e a saúde humanas sejam tratadas “como não negociáveis” unindo esforços, onde a presença do município não pode se dar de forma isolada e, sim, assumindo o papel de líder de um grande e organizado esforço em favor do trânsito seguro e civilizado, mobilizando, coordenando e catalisando as forças de toda a sociedade.

O documento foi construído com base em cinco pilares: Gestão da segurança viária; infraestrutura viária; segurança veicular; educação; saúde, e fiscalização. Entre as metas a serem cumpridas constam a integração dos sistemas de informações de trânsito, saúde e segurança pública, por meio de um sistema de informação nacional com módulos específicos para registro da ocorrência, internações hospitalares, mortes, invalidez e afastamento do trabalho, e exame médico legal.

Também estão entre essas metas o fortalecimento, modernização e consolidação da gestão do sistema de informação de acidentes que permita o planejamento e o mapeamento detalhado dos pontos de risco como instrumento de apoio às políticas de prevenção de acidentes, além de gerar de informações integradas e importantes para a escolha de soluções que visem a melhoria nas condições de segurança viária aumentando a confiabilidade dos dados e análises e apoiando a tomada de decisões.

Números

De acordo com o relatório “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito em Rodovias Brasileiras”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Ministério do Planejamento, o país tem perdas anuais da ordem de R$ 22 bilhões em acidentes de trânsito, somente em rodovias. Se somados aos R$ 5,3 bilhões das vias urbanas, do segundo relatório, intitulado “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Aglomerações Urbanas”, realizado em 2001, esse valor chega a R$ 28 bilhões, que representa 1,2% a 1,3% do PIB nacional em valores de 2005.

A maior parte refere-se à perda de produção associada à morte das pessoas ou interrupção de suas atividades, seguindo dos custos de tratamento em saúde associados aos acidentes. Mas o destaque maior deve ser dado aos custos imensuráveis, que são sempre maiores aos custos realmente ocorridos. São custos decorrentes das perdas de vidas ou de lesões permanentes que impossibilitam uma vida normal, que incidem tanto sobre os envolvidos nos acidentes quanto sobre as pessoas de suas relações.

Os acidentes também representam a principal causa de morte de crianças entre 0 e 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 6 mil crianças até 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizadas anualmente no país, representando R$ 63 milhões em gastos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Há ainda o “Estudo de Mortalidade e Hospitalização por Acidentes” com crianças até 14 anos, coordenado pela ONG Criança Segura, divulgado em 2007, revela que dentre os acidentes com crianças de até 14 anos, o trânsito é responsável por 40% das mortes.

Fonte: Joel Elias
 

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