Sábado, 8 de maio de 2010 - 10h04
O Brasil é um dos países gigantes em extensão territorial. Apenas Rússia, Canadá, China e EUA apresentam territórios maiores. Não é incomum que por aqui haja muita coisa também grande além do território. É um dos maiores mercados internos do planeta, e isso tem sido uma âncora para resistir à crise. Mas também é um dos maiores em desigualdades sociais, entraves burocráticos, carga tributária e mortalidade infanto-juvenil.
Já tivemos o maior estádio do mundo (Maracanã), a maior hidrelétrica do mundo (Itaipu) e muitos ainda acreditam que o nosso é o melhor futebol do mundo. Até recentemente, tínhamos o justificado orgulho de contar com o Aquífero Guarani, o maior ou um dos maiores do mundo, dependendo do critério de avaliação, pois esse negócio de medir volume de água é tarefa complexa e demorada. E sequer tínhamos certeza dessa imensidão quando se anuncia que o Aquífero Amazônia (a reserva Alter do Chão) pode conter cerca de 86 mil quilômetros de água potável, com chances também de vir a ser considerado o maior do mundo.
Se, porém, serão necessários vários meses de estudos até chegar a uma definição mais precisa do volume de água oferecido pelo Aquífero Amazônia, para estímulo e orgulho ao caráter nacional, já está comprovado que o Brasil é, vergonhosamente, o maior do mundo em consumo de agrotóxicos.
Na última safra, o País consumiu ao redor de 700 milhões de litros de veneno, aplicados em 50 milhões de hectares, equivalente a 14 litros por hectares, que, desgraçadamente, vem a ser também a maior média do mundo.
Isto significa que as regiões produtoras de soja são aquelas que mais sofrerão com suas consequências, uma vez que os agrotóxicos são produzidos a partir de petróleo e de químicos não degradáveis. Depois de aplicados, eles permanecem na natureza, matando a biodiversidade.
Além de afetar a fertilidade natural do solo, contaminam o lençol freático e a qualidade das águas da chuva: os venenos secantes evaporam para a atmosfera e depois regressam com a chuva. Afetam também a qualidade dos alimentos, que quando ingeridos sistematicamente podem causar destruição das células e resultar em câncer.
Com justo orgulho podemos afirmar que temos no conjunto dos nossos aquíferos as maiores reservas de água doce do mundo. Que tenhamos juízo e competência para evitar que sejam poluídas com venenos que, ao se depositar na terra, sob a qual estão os aquíferos, ali permanecem teimosa e destrutivamente.
Fonte: Carlos Sperança.
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