Sábado, 24 de julho de 2010 - 07h21
Ela foi desprezada por todos os caçadores de tesouros que percorreram seus grandes e invisíveis “veios”. Em busca de ouro, prata e pedras preciosas, os bandeirantes e exploradores em geral não perceberam que aqueles pedregulhos incômodos e aparentemente inúteis ocultavam em sua composição um metal que viria a se tornar um dos mais importantes para a civilização humana: o estanho.
O estanho não era mais um estranho já no tempo das grandes navegações e dos primeiros passos para a formação do Brasil Colônia. Um dos mais antigos metais conhecidos e utilizados, há registros de seu emprego em objetos de uso cotidiano e armas há mais de cinco mil anos.
Com o chumbo, deu na solda. Com o aço, deu na lata – as embalagens de folha de flandres. São canecas, vasilhas, recipientes, uma infinidade de produtos de uso diário. O estanho protege outros metais da ferrugem, encorpa sedas, combate as cáries nos dentifrícios e protege a agricultura de fungos.
O Brasil abriu o olho para o estanho através da Bolívia, que chegou a ser o principal fornecedor de estanho no mercado internacional no século XX. Quando a revolução de 1952 nacionalizou o estanho boliviano, as autoridades do país vizinho perceberam que as jazidas estavam bastante exploradas. E os brasileiros descobriram que esse metal arisco se escondia e se espalhava em quantidades pequenas, quase invisíveis, num material ao qual ninguém dava importância: a cassiterita.
A região de Rondônia, que já se tornara notícia mundial com as obras da ferrovia Madeira–Mamoré e a Missão Rondon, voltaria, no final da década de 50, a frequentar os noticiários internacionais, como nos tempos de Rondon. Havia sido um tempo de desprestígio, pois, os governos republicanos, como os bandeirantes e os dois imperadores, também tropeçavam nos pedregulhos “grávidos” de estanho, mas sua exploração só viria quando a cassiterita abundante no vale do rio Jamari inaugurou a extração de estanho na área.
Como nos tempos da primeira onda da borracha, milhares de garimpeiros descobriram as perspectivas da região de Ariquemes, onde o garimpo denominado “Bom Futuro” seria considerado o maior campo do mundo de retirada de cassiterita. Com isso, o grosso da produção nacional de cassiterita veio se concentrar na Amazônia–Rondônia, Amazonas e Pará. O mineiro vinha parar tirar ouro, mas acabava tirando cassiterita. No início da década de 70, Rondônia produzia cerca de 70% do produto no Brasil.
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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