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OPINIÃO: As bases americanas. De olho na Amazônia



Um major estadunidense, mais que major um psiquiatra, Nidal Malik Hasan, formado na melhor universidade, vivendo naquele que é considerado o melhor dos mundos – o centro do poder no planeta – repentinamente, não mais que de repente, sai atirando e mata vários colegas de farda na principal base militar dos EUA. Coisa muito estranha. Até então, o máximo em tragédia que os apavorados americanos concebiam, mergulhados na grande crise de sua civilização, eram os horrores cometidos em outra base estadunidense, mas no exterior: as torturas promovidas por seus militares em Guantânamo (Cuba).

Os EUA mantêm forças militares ocupando o Afeganistão e o Iraque e espalham mais e mais bases pelo mundo afora, na América Latina, Europa e Ásia. Devem à China até os posters de Tio Sam e as bandeiras estreladas que tremulam nos mastros das escolas e instalações militares, quem sabe até a coleção de gibis do Mickey, mas querem manter o poder mundial no muque e no sabre, antes que ele se esvaia pelos dedos.

Hugo Chávez e a imprensa cubana denunciam que as projetadas bases americanas na Colômbia nada têm a ver com o suposto combate ao tráfico de drogas – mesmo porque o Afeganistão é o grande fornecedor de drogas para os EUA e o “suprimento” vem sendo garantido justamente pela ocupação militar naquele País. Aliás, o major atirador tratava os soldados que ficaram malucos ou pelo horror da guerra ou pelas drogas que usavam.

O jornalista Joaquín Rivery Tur, do jornal Granma, de Havana, afirma:

“A estratégia do Pentágono e suas sete novas bases militares sob a aprovação de Bogotá têm alvos precisos: primeiro, a reserva da faixa petroleira do Orenoco; segundo, a Amazônia; e terceiro, o Aquífero Guarani, um dos maiores depósitos de água subterrânea. A base de Palanquero – que parece será a maior – assegura o raio de ação das forças ianques sobre toda a América do Sul; é um verdadeiro risco”.

Claro, os antichavistas acham tudo isso um absurdo, um exagero. Alguns asiáticos também acharam algo parecido quando os EUA começaram a plantar suas primeiras bases no Vietnam, mas talvez hoje os tempos sejam outros, na medida em que a Guerra Fria mostrou ser apenas um arranjo entre as superpotências para repartir o mundo entre si e, hoje, o mundo é unipolar: completamente controlado pelos EUA, independente de seus majores e psiquiatras de gatilho fácil. Nesse caso, receber bases americanas é receber investimentos, ter um ótimo cliente e ser amigo do rei mundial.

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