Terça-feira, 14 de julho de 2015 - 21h02
Produtores do cinturão verde de Porto Velho, que vendiam para intermediários, agora conquistam clientes de restaurantes
Bastará um incremento de 10% até 2016 para que o segmento de polpas aumente a sua participação no consumo por escolas abastecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Já é quase 100%”, avaliou na segunda-feira (13) a gerente do escritório Porto Verde, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), engenheira florestal Márcia Cristina de Souza.
Embora a fruticultura seja um sucesso, o carro-chefe do cinturão verde de Porto Velho é a atividade olerícola. Nesse aspecto, a Cooperativa de Produtores de Polpas do Estado de Rondônia (Agroverde), responsável pelo êxito do setor, ainda depende da instalação de equipamentos modernos para atender a pequenos produtores do interior do município.
Com 22 associados, a cooperativa vende farinha de mandioca, filé de peixe, laranja e mandioca in natura. Graças à liderança e à mobilização do agricultor Cireneu Figueiredo, já é possível produzir 100 toneladas de polpa de frutas por ano e 750 litros de leite processados diariamente, o que proporciona 70 empregos diretos. Até 2018 estima-se que o governo estadual tenha legalizado cerca de mil agroindústrias em Rondônia.
Cupuaçu, goiaba, graviola, manga (da época) e maracujá abastecem o comércio. Alface, couve, cheiro verde e rúcula perfazem 100% da demanda de consumo da capital, notadamente escolas, informou a gerente do Porto Verde.
Segundo Márcia de Souza, quatro anos atrás o olericultor Sadi Ribas produzia cebolinha e couve a céu aberto, obtendo renda de R$ 60 mil por ano. Atualmente, ele vende em média 400 a 500 maços por dia. Sadi apresentou projeto ao Banco do Povo, com assistência da engenheira agrônoma Solange Dantas, e mudou para a produção hidropônica (cultivo sem solo).
Com essa mudança de método de cultivo, ele agora fornece para restaurantes 350 pés de alface por dia, ao preço de R$ 2 o maço, “livre de atravessadores que não lhe remuneravam com mais de 30 centavos”.
A gerente lembra que a exploração da mão de obra de pequenos olericultores sempre se caracterizou um entrave ao desenvolvimento do setor.
Orientado pela agrônoma, Sadi Ribas também optou pela plasticultura no solo, garantindo 12 meses ininterruptos de colheita e livrando-se do incômodo do período chuvoso amazônico. Produtos olerícolas não resistem ao excesso de umidade, que produz fungos.
AMPLIAR CULTIVOS
O Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária do Estado de Rondônia (Prove), lançado no primeiro mandato do atual governo para incentivar pequenos proprietários rurais a produzir, industrializar e comercializar sem intermediários, demonstra assim resultados positivos.
Com o Prove, o governo do Estado legaliza a documentação das agroindústrias, possibilitando-lhes tirar os selos de inspeção municipal, de inspeção estadual e de inspeção federal, abrindo caminho para a comercialização de produtos rondonienses em outras regiões do País.
A mandioca (branca e amarela) vai bem: em áreas sem correção de solo obtém-se a média de 17 toneladas por hectare. Em solo “calcariado” e onde é feita calagem, a produção pode triplicar a colheita de raízes, no que resultam aproximadamente 200 sacas de farinha. Animado, o produtor Nelson Olmedo Júnior cultiva 100 hectares para farinha.
“Estamos dispostos a apoiar os interessados em ampliar cultivos. As mudanças no setor rural de Porto Velho são decorrentes do melhor aproveitamento de antigos plantios, da correção dos solos e da boa vontade dos produtores assistidos pelo governo estadual”, comenta Márcia de Souza.
Ela lembra que diversos produtores conseguiram recursos do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) na agência do Banco da Amazônia S/A (Basa), entretanto reconhece que o aumento da criação de aves e suínos para fornecimento ao PNAE e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) depende essencialmente da construção de abatedouros.
À ESPERA DE EQUIPAMENTOS
No interior do município de Porto Velho, o Ramal Bom Jesus tem uma agroindústria pronta, construída com recursos próprios, porém funcionando ainda no sistema artesanal. Ela dispõe de cinco frezzers, utiliza energia elétrica do Programa Luz Para Todos, mas funcionará melhor quando forem instaladas despolpadeiras, embaladeiras e outros equipamentos avaliados em R$ 100 mil.
Emenda do deputado estadual Lebrão possibilitou a compra de um caminhão bitrem, que estreou na semana passada transportando 34,9 toneladas de calcário para produtores da Vila Codaron.
Um cooperado da Linha 2, em Ouro Preto do Oeste, apresentou projeto para adquirir um caminhão baú com câmara fria para transportar iogurte até a capital.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ademilson Knigthz
Decom - Governo de Rondônia
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