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Oi anuncia demissão de dois mil trabalhadores



Ao comunicar que a empresa iria demitir mais de 2.000 (Dois mil) trabalhadores em todo Brasil, sem qualquer critério, mais uma vez a OI aprofunda a precarização de seus serviços e quem será penalizado também são os usuários dos serviços de Telecom.

Se os serviços ofertados pela empresa eram ruins, a previsão é que fiquem ainda piores. O Estado de Rondônia será afetada com a redução do quadro em 15%, sem contar com as demissões já realizadas em 2015 e 2016. A situação está tão grave que o Cone Sul do Estado de Rondônia, compreendido pelas cidades de Vilhena, Colorado D’Oeste, Cerejeiras, Cabixi, Pimenteiras, Corumbiara, Chupinguaia e demais povoados são atendidas apenas por dois auxiliares técnicos, um de Transmissão e outro de Comutação. Na Região de Cacoal a situação é ainda mais grave, pois o número de municípios é quase o dobro e conta com 3 funcionários nessas áreas.

Diante da gravidade almeja-se intervenção do CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, a fim de evitar o caos nos serviços ofertados pela OI.

Há muitos anos que a empresa faz investimentos abaixo do necessário, com isso a população é quem sofre com a lentidão da Internet, com a demora na manutenção dos problemas e com uma rede ultrapassada e estrangulada. A sensação dos trabalhadores, que fazem manutenção da área técnica, é que se trata de uma bomba relógio a implodir a qualquer momento.

Certamente os mais afetados serão a população do Estado de Rondônia e do Brasil, que além de provocar a precarização dos serviços pelas demissões, agora poderão ser ainda mais penalizados com a demora no conserto dos serviços.

O povo, os Governantes, Senadores, Deputados Federias, Estaduais e vereadores precisam cobrar investimento e qualidade nos serviços. É preciso entender que os serviços de Telecom é uma concessão pública, portanto, a OI é obrigada a oferecer serviços de qualidade.

A empresa ao longo dos anos vem dilapidando o patrimônio do povo, ao vender terrenos das estações, antenas e prédios. A população precisa saber que os terrenos e prédios onde funcionam as estações e antenas da OI, são bens reversíveis já reconhecido judicialmente, foram doados pelas prefeituras para beneficiar o povo, ao fim da concessão devem ser devolvidos ao povo.

Os trabalhadores que hoje continuam na empresa são diariamente submetidos a uma carga exaustiva de tarefas e metas a serem cumpridas, com isso muitos encontram-se adoecidos, alguns afastados e em tratamentos psiquiátricos. O assédio moral é acintoso e vergonhoso, as condições de trabalho são as piores possíveis.

A OI, em Rondônia, tem estações sem água para beber ou para uso nos banheiros, sem manutenção predial, higienização e segurança, outras completamente abandonadas.

Trabalhadores já encontraram diversos animais e insetos peçonhentos como como serpentes, aranhas, escorpiões e abelhas nos equipamentos nos locais de trabalho.

O abandono nas estações causa medo e insegurança nos trabalhadores que tem de atender chamados desacompanhados e em horários noturnos, além da violência existe o risco à saúde.

O clima é de desolamento e desconfiança entre os poucos trabalhadores e trabalhadoras que trabalham no Estado. Além da cobrança por resultados, sem que sejam ofertadas condições dignas, agora a demissão bate à porta. Antes eram chamados de parceiros, convencidos a realizar horas extras e ficar de sobreaviso sem ser remunerado, porém, na primeira dificuldade sacrifica o parceiro, demite sem dó. Alguns chefes se aproveitam para ameaçar que aquele que não mostrar serviço ou não trabalhar em dobro pelos que saíram poderão estar na próxima lista de demissão, o medo é a outra chibata.

- Diante de tanta pressão, e o ambiente de terrorismo, quem consegue trabalhar em um ambiente desses? Todos estão tensos e no aguardo de que algo pior venha a ocorrer.

Perante o anúncio e as ameaças de demissões os trabalhadores e trabalhadoras se rebelam contra estas ameaças e decidem fazer um ato em protesto por melhores condições no ambiente de trabalho.

 FONTE: SINTTEL-RO
 


 

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