Oficina ministrada pelo IMM e Instituto Invar consegue adesão de 12 municípios

A Oficina de Capacitação ministrada a servidores e representantes das secretarias municipais de Rondônia para ingresso ao Programa Brasil Alfabetizado (PBA, do Governo Federal), realizada pelo Instituto Matheus Moraes e o Instituto Vale da Ribeira (Invar, de São Paulo) na segunda e na terça-feira passada (29 e 30/6) foi considerada um sucesso.

É assim que pensam os idealizadores e ministrantes do evento, que anunciam que dos 22 municípios participantes, 12 vão ingressar no programa através da experiência e ensinos aplicados pelos especialistas do Invar e IMM. Destes 12, quatro garantiram que vão fazer este procedimento através da formação imediata ministrada pelos dois institutos parceiros.

“Com certeza atingimos nosso principal objetivo, que é de sensibilizar os municípios para a adesão”, disse Douglas Sakamoto, presidente do Invar e um dos palestrantes.

Ele explica ainda que a expectativa é ainda melhor, considerando que a tendência é que todos os participantes possam ingressar no PBA através da formação feita pelo Invar e pelo IMM, do empresário e jornalista Roberto Kuppê, um dos maiores entusiastas da iniciativa.

“Para se ter uma idéia deste sucesso, podemos citar que, em 2008, apenas dois municípios fizeram adesão ao Brasil Alfabetizado de forma individual. Os demais fizeram através da iniciativa do Governo Estadual. Agora, com esta oficina, temos pelo menos 12 municípios já inscritos e a expectativa é de que, pelo menos todos os 22 participantes o façam através de nossa formação, ou seja, o que já supera em muito os números do ano passado, atingido praticamente 50% de todos os municípios de Rondônia”, detalha Douglas.

“É muito bom podermos ver que, através desta oficina, conseguimos despertar o interesse dos municípios sobre a questão do programa e pela alfabetização de seus munícipes”, disse Ivã Furtado, administradora do Instituto Matheus Moraes.

Na oficina, os servidores e até mesmo os secretários participantes receberam orientação sobre como identificar e definir os gestores locais (um servidor de confiança) para executar o programa, compreender a atuar juntamente com o sistema do Ministério da Educação, a construção do Plano PluriAnual (PPAlfa) e dar seguimento na parte de atualização e manutenção do projeto, além de, consequentemente, estimular a criação e execução de projetos dos próprios municípios, não dependendo apenas do PBA e da boa vontade dos governos Federal e Estadual.

“Eu destaco ainda que os próprios secretários municipais que foram à oficina se mostraram interessados e comprometidos com o PBA e com o que sugerimos. Eles tiraram duvidas, fizeram perguntas e tomaram decisões. Assim, podemos dizer que foi bastante positiva a atuação dos participantes, que se mostraram muito receptivos e interessados. Se conseguíssemos a adesão de apenas um município, já seria excelente, mas conseguimos mais”, comentam os representantes do Invar.

ALCANCE SOCIAL E ECONÔMICO

Douglas Sakamoto e o professor André Assumpção disseram também que a adesão ao PBA trará não só a projeção política aos prefeitos e o reconhecimento da população, mas também a ampliação do alcance social do programa e o estimulo da economia das regiões beneficiadas.

“Os municípios, embora percebam poucos recursos federais, terão muito mais contrapartida de desenvolvimento. No momento em que o município coloque pessoas para trabalhar, através dos recursos do programa, ele estimula a sua economia e ainda tira os cidadãos, seja de qual idade for (acima dos 15 anos) da exclusão das letras e do conhecimento, o que, para nós, é o maior prêmio”, concluem.

BRASIL ALFABETIZADO

O Programa Brasil Alfabetizado (PBA) foi criado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2003 para promover o acesso à educação como um direito de todos, em qualquer momento da vida. O Programa capacita alfabetizadores e alfabetiza cidadãos com 15 anos ou mais, que não tiveram oportunidade, ou foram excluídos da escola, antes de aprenderem a ler e a escrever.

O Programa é coordenado, fiscalizado e conduzido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), e seus recursos são garantidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), com transferência para estados, municípios, empresas, universidades, organizações não governamentais e instituições civis parceiras.

Os prefeitos interessados na visita dos técnicos devem entrar em contato com o IMM de Brasília, pelo telefone 061-3224-0160 e 061-3224-0140.

A quem se destina: Cidadãos acima de 15 anos.

Público Prioritário: populações indígenas, bilíngües, fronteiriças ou não; populações do campo (agricultores familiares, assalariados, assentados, ribeirinhos, caiçaras, extrativistas e remanescentes de quilombos); pescadores artesanais e trabalhadores da pesca; pais de beneficiários do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI); pessoas com necessidades educacionais especiais; população carcerária; e jovens em cumprimento de medidas sócio-educativas.

Abrangência: O Brasil Alfabetizado está presente em 3.894 municípios.

Como Participar: O interessado deve procurar a Secretaria de Educação do município, uma instituição conveniada do MEC próxima à sua residência, ou instituições alfabetizadoras na região onde mora. O material didático é de responsabilidade das instituições conveniadas. O tempo de alfabetização varia de acordo com a proposta pedagógica da instituição alfabetizadora, mas dura, em média, de seis a oito meses.

Fonte: Ascom