Quarta-feira, 12 de outubro de 2011 - 09h08
A bancada federal de Rondônia, os estudantes, professores e o reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Januário do Amaral, se reuniram na tarde de ontem terça-feira, 11, na Secretaria Nacional de Ensino Superior do Ministério da Educação na busca de uma solução para a greve iniciada no dia 14 de setembro e os problemas estruturais enfrentados pela instituição.
A comitiva rondoniense foi recebida pelo secretário de Ensino Superior, Luiz Cláudio Costa, que formou uma comissão para acompanhar e mediar a crise na universidade e construir uma solução com base no diálogo e no processo democrático. Os alunos e parte dos professores, no entanto, foram para a audiência com apenas uma reivindicação: o afastamento do reitor e a dissolução do Conselho Superior para que as irregularidades possam ser investigadas.
A proposta será apresentada na assembléia geral a ser promovida pelo comando de greve na quinta-feira, 13. O secretário Luiz Claudio Costa também agendou uma visita ao campus da Unir de Porto Velho na próxima segunda-feira, 17. A audiência com a Secretaria Nacional de Ensino Superior do Ministério da Educação foi agendada pelo senador Acir Gurgacz, apos visitar a reitoria ocupada pelo comando de greve, na última quinta-feira, 6.
O estudante Vinícius Ortigosa, representante discente do comando de greve, entregou ao secretário um dossiê contendo mais de 1.500 páginas, acompanhado de um relatório com 35 itens das principais irregularidades praticadas pela administração superior da UNIR. O estudante acusou a reitoria de autoritarismo, apontando que o Conselho Superior da instituição se reuniu apenas duas vezes neste ano e que as decisões são tomadas de forma monocrática pelo reitor.
“A situação da Unir é precária e não é por falta de recursos, o problema é má gestão”, disse Ortigosa. “Já esgotamos todas as possibilidades de negociação com essa reitoria e com esse Conselho Superior controlado pelo reitor, queremos agora o afastamento do reitor e a dissolução do Conselho para retomarmos a negociação com o Ministério da Educação ou com uma comissão designada para esta finalidade”, disse.
O reitor Januário do Amaral rebateu as acusações, disse que a greve é um movimento isolado, liderado por um grupo de alunos e professores que não soube respeitar o processo democrático que o elegeu, e que está pronto para responder as acusações de supostas irregularidades e a auditoria do Ministério da Educação.
O reitor apresentou documentos ao secretário nacional de Ensino Superior, com dados que demonstram avanços na Unir. Segundo ele, após a implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), em 2008, a Unir ampliou o número de cursos oferecidos de 38 para 54, o número de professores de 288 para 610 efetivos e 86 temporários, o quadro técnico de 270 para 280 profissionais, e aumentou o número de alunos de 6,8 mil para 11,2 mil alunos, abrindo 1.160 novas vagas ao ano nesse período.
“Temos alguns problemas estruturais sim e até dificuldades para executar tudo o que planejamos e o que a comunidade acadêmica necessita diante do rápido crescimento que tivemos, mas o que o movimento grevista quer é aplicar um golpe na reitoria”, disse o reitor Januário do Amaral. “Estamos dispostos a atender todas as reivindicações no que diz respeito à infraestrutura e a qualidade de ensino, e muitas delas já estão sendo atendidas, mas não aceitamos um atentado contra o estado democrático de direito e a um processo eleitoral legítimo”, disse o reitor. Amaral disse ainda que o comando de greve estava batendo na porta errada e deveria procurar o Conselho Superior para pedir o seu afastamento.
A bancada federal de Rondônia designou o deputado federal Mauro Nazif (PSB) para integrar essa comissão de mediação do conflito formada pelo Ministério da Educação. O deputado Mauro Nazif reconheceu alguns avanços na UNIR, mas disse que a estrutura e a proporção de professores e profissionais por aluno ainda estão muito abaixo da média nacional. O deputado disse ainda que o movimento não é isolado, mas que só não teve a adesão de mais professores porque muitos ainda estão no estágio probatório. “Estou acompanhando os dois lados do conflito e creio que agora temos condições de construir uma solução com base no diálogo", disse Nazif.
O senador Acir Gurgacz (PDT) que esteve na quinta-feira passada na Unir e promoveu o iniciou do diálogo entre o comando de greve e o Ministério da Educação, agendando a reunião com a Secretaria Nacional de Ensino Superior, disse que a primeira parte da negociação foi positiva para todos. “Conseguimos colocar frente a frente os estudantes, os professores, o reitor com os representantes do Ministério da Educação”, disse. Creio que agora vamos estabelecer um diálogo democrático para que as diferenças possam ser ajustadas com diplomacia e as melhorias tão necessárias para a nossa universidade sejam feitas com urgência”, frisou Gurgacz
Fonte: G.Liberato
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