Quinta-feira, 12 de maio de 2011 - 07h08
Kadijah Suleiman
Sendo o café o principal produto agrícola de Rondônia e importante fonte de geração de emprego e renda para o Estado, é fundamental que as instituições que atuam na área estudem e proponham possibilidades para tornar o sistema de produção do café mais eficiente tanto do ponto de vista ambiental, quanto agronômico e econômico. O baixo nível de tecnologias aplicadas nos processos de produção e a dependência de mão-de-obra familiar são dificuldades ainda enfrentadas.
A Embrapa Rondônia (Porto Velho) avalia a mecanização da colheita do café como alternativa viável que, além de reduzir a necessidade de mão-de-obra na colheita, pode gerar uma nova demanda por trabalhadores qualificados. Pensando nisso, nos dias 27 e 28 de abril, a Embrapa Rondônia organizou uma reunião com pesquisadores, professores e analistas dos principais centros produtores de café do País para discutir a mecanização dos cafés conilon e robusta (Coffea canephora). A Embrapa Café (Brasília, DF) foi co-organizadora do evento.
O professor Daniel Marçal de Queiroz, da Universidade Federal de Viçosa, demonstrou diversos trabalhos que já são realizados na instituição com o objetivo de realizar melhores ajustes no sistema de colheita mecanizada, propiciando uma alta eficiência na coleta dos frutos.
O professor da Universidade Federal de Lavras, Fábio Moreira da Silva, explicou que todo o processo de mecanização, no caso do conilon e robusta, assim como foi para o arábica, depende da adaptação tanto da máquina em relação à planta quanto da cultura e da planta em relação à máquina. Segundo ele, uma máquina usada hoje para colher café arábica pode ser usada para o canephora, porém com adaptação do porte e da arquitetura da planta às máquinas colhedoras de café existentes hoje no País. “Isso poderia ser solucionado com a poda e o esqueletamento da planta para limitar essas dimensões que seriam impeditivas da colheita mecanizada”, explica.
Ele acrescenta que no Sul de Minas Gerais, com a adoção da colheita mecanizada, o custo da operação de colheita foi reduzido em até 60% quanto à colheita manual. “Isso pode se repetir aqui também desde que se faça a condução e adaptação da lavoura para a entrada da colhedora”, afirma acrescentando que “a redução no tempo da colheita é outra vantagem da mecanização, podendo ser reduzido de cem para 60 dias corridos”.
O professor e pesquisador da University of Kentucky (EUA), Scott Shearer, apresentou os trabalhos de pesquisa em “machine system” com ênfase no desenvolvimento e na aplicação de sensores em máquinas e equipamentos agrícolas para reconhecimento de padrões e respostas a diferentes cenários de trabalho. Ele explicou que o uso desses sensores junto à orientação via GPS/DGPS proporciona o trabalho de máquinas não tripuladas. Este sistema pode aumentar a segurança e eficiência da operação agrícola. A tecnologia, baseada em sensores, pode ainda reconhecer padrões da cultura como tamanho, cor, maturação dos frutos e umidade. Segundo o pesquisador, a adoção deste pacote tecnológico exige dos produtores rurais um alto grau de especialização e de profissionalismo, visando aumentar a capacidade gerencial das empresas rurais.
O gerente de Produtos da Empresa Jacto, Walmi Gomes Martin, enfatizou a necessidade de ajustes tanto na máquina colhedora como na arquitetura da planta do café, para aumentar a eficiência na colheita dos frutos e uma menor desfolha da planta. Ele argumentou que a viabilização da colheita mecanizada depende de fatores como: alta produtividade da lavoura, espaçamentos adequado entre plantas, e um manejo de podas que possibilite a utilização da máquina com eficiência.
“A partir das discussões e visitas às áreas experimentais, foi definida a elaboração de um projeto com atuação conjunta das instituições visando buscar alternativas para desenvolver a mecanização do café em Rondônia”, diz o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves.
Também participaram da reunião os pesquisadores da Embrapa Rondônia André Rostand Ramalho e Samuel Oliveira; o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Aymbiré Fonseca; o gerente adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Paulo Cesar Afonso Júnior; o pesquisador da Embrapa Cerrados, Gabriel Bartholo e o técnico da Secretaria de Estado da Agricultura Milton Messias.
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