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Maternidade realiza 370 partos por mês e alerta sobre necessidade do pré-natal



A Maternidade Municipal Mãe Esperança realiza em média anual mais de 4 mil partos, a média mensal é de 370, destes apenas 2,7% recém-nascidos trazem a possibilidade de serem potencialmente infectados. A origem deste quadro é a mãe com infecção urinária, que segundo a diretora da maternidade, Dra. Ida Perea, “isto não era para acontecer. Não tinha que ser assim, mas, infelizmente algumas mães não realizam devidamente o pré-natal, e acabam por contaminar seus filhos durante a gestação”. 

Ida Perea explicou também que, “A maternidade não faz o acompanhamento de pré-natal, e se a mãe faz o pré-natal corretamente, retorna sempre ao médico, faz os exames periodicamente e toma todos os cuidados necessários, com certeza ela estará diminuindo drasticamente a possibilidade de adoecer, e logo, não põe o feto em risco”, disse. 

A orientação do Ministério da Saúde é que a gestante faça pelo menos 6 consultas de pré-natal, e algumas mães não fazem nem a metade, ou até fazem, mas concluem o tratamento sugerido e isto gera a infecção urinária.
Uma das mães, Tânia Almeida, é recém-chegada em Porto Velho, e foi indicada para a maternidade por outra mulher que já deu a luz na maternidade. Tânia é mãe pela segunda vez, a primeira filha nasceu fora de Rondônia, e ela fez o pré-natal da segunda filha em consultório particular, “estou muito satisfeita e segura com o atendimento que recebi aqui. Não tenho do que reclamar, eu e minha filha estamos muito bem”, declarou enquanto amamentava. 

As mães recebem alta em até 24 horas no caso de parto natural e até 48 horas no caso de cesariana. 

Internação necessária

Algumas mães não entendem o porquê dos filhos ficarem internados, após o parto devido a suspeita do bebê ser potencialmente infectados. A regra na maternidade é internar o recém-nascido, medicá-lo com antibióticos e realizar exames. Se o resultado é negativo, ou seja, a criança não foi contaminada durante a gravidez, ele recebe alta, mas se estiver contaminado ficará internado de sete a dez dias, até a cura. 

“Para garantir o elo entre a mãe e o filho, ambos ficam internados juntos, assim, a mãe amamenta, cuida do bebê, tem o acompanhamento do pai ou de quem ela escolher enquanto durar a internação. Desta maneira estamos evitando futuras seqüelas e até a morte”, detalhou a diretora. 

Uma criança contamina durante a gestação, devido a infecção urinária que foi desenvolvida pela mãe, inclusive, é normal as gestantes terem infecção urinária, poderá falecer por septicemia, isto é, infecção generalidade. Com os cuidados oferecidos na maternidade este risco cai praticamente para zero. 

Parto humanizado

A Maternidade Mãe Esperança trabalho com o parto humanizado, que para ser assim, atende a determinados requisitos como, a parturiente escolhe livremente quem ela quer para acompanha-la durante o parto; ter ambiente agradável e seguro para ela caminhar e escolher a melhor posição durante o pré-parto e o parto; a mãe ter contato imediato com o bebê, assim que dá a luz e toda segurança da modernidade tecnológica. 

Na maternidade há três centros cirúrgicos sempre prontos para atender os casos dos partos que evoluíram de natural, devido a alguma complicação natural, para o parto de cesariana. 

A maternidade também oferece uma gama de atendimento, inclusive aos pais e em casos graves, como no de abuso sexual e aborto. São oferecidos pela maternidade, o parto humanizado; presença do acompanhante; aleitamento materno; planejamento reprodutivo; assistência às vítimas de violência sexual e assistência humanizada ao abortamento. Se necessário são realizadas laqueaduras, vasectomias, implantação de DIU, planejamento familiar e em casos muito específicos, histerectomia. 

Baixa e Média Complexidade

Na maternidade são atendidos os casos de baixa e média complexidade. A gestante passa pela triagem, caso seja detectado que ela não tem o pré-natal, ela é encaminhada para o Hospital de Base (HB), onde são atendidos os casos de alta complexidade. Também são encaminhadas para o HB, as mães que apresentem ser portadoras de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids. 

A mãe que estiver dentro das possibilidades de atendimento pela maternidade, ela é encaminhada para o Posto de Enfermagem, onde são avaliados os sinais vitais, a pressão arterial e se está ou não com sangramento. Depois são encaminhadas para o consultório médico que determinará se a gestante será ou não internada para o parto. 

A espera pelo parto é acompanhada o tempo todo por uma pessoa escolhida pela parturiente, que será levada para um dos 39 leitos oferecidos pela maternidade e após o parto fica em média uma hora com o filho sobre o peito, ainda no leito. Depois de todas medidas pediátricas e obstétricas com o bebê e a mãe, ambos são levados ao apartamento até a alta. 

Não há UTI neo-natal na maternidade, mas está equipada com o berçário-intermediário, que oferece todas condições para garantir a vida do bebê até que surja uma vaga na UTI neo-natal do HB. Junto ao berçário há a sala de aleitamento, onde as mães amamentam seus filhos internados no berçário e também extraem leite para serem servidos aos bebês que não podem sugar o seio.

Fonte: Fabrícius Bariani
Foto: Quintela

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