Quinta-feira, 9 de maio de 2019 - 14h13
O
presidente da Assembleia Legislativa Laerte Gomes (PSDB), acompanhado dos
deputados Cabo Jhony Paixão (PRB), Jair Montes (PTC), Edson Martins (MDB) e
Adelino Follador (DEM) recebeu uma comitiva de vereadores de Ji-Paraná durante
reunião solicitada pelas lideranças e pelo secretário de Governo no Município,
Carlos Magno.
Na
pauta, o projeto de saneamento básico de Ji-Paraná, previsto no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC-2), do Governo Federal, que disponibilizou mais
de R$ 977 milhões para todo o Estado.
Em
Ji-Paraná, mais de R$ 180 milhões já deveriam ter sido investidos em toda a
área urbana fazendo a coleta e o transporte de todo o esgoto da cidade para
reservatórios e em seguida encaminhado para o tratamento.
O
projeto de Ji-Paraná está finalizado desde o ano de 2014, foi aprovado em 2016,
licitado no final do mesmo ano e deveria ter iniciado em 2017. O Município
corre o risco de perder o recurso caso não inicie as obras antes do prazo
determinado. “Inclusive a empresa licitada para a execução da obra já demonstra
interesse de ir embora por conta dessa lentidão, desse erro, porque isso foi um
erro grave do Governo que já deveria, desde o início do mandato, ter nomeado
alguém para coordenar o PAC em Rondônia. Perderam um tempo precioso, e toda
população de Ji-Paraná pode arcar com as consequências. A situação é grave”,
enfatizou o presidente Laerte Gomes.
Representando
a Prefeitura de Ji-Paraná, Carlos Magno fez um alerta para a situação ao
ressaltar que “150 mil pessoas estão dependendo de um recurso que durante cinco
anos foi trabalhado, que está empenhado, licitado, contratado, com empresa
mobilizada, mas que não tem um centavo de medição”, argumentou.
Para
o presidente Laerte Gomes, não há justificativa para o que está acontecendo em
relação a Ji-Paraná.
“Um
Brasil inteiro correndo atrás de dinheiro, em crise, municípios e estados
passando por dificuldades por falta de recurso, pedindo aumento do Fundo de
Participação dos Estados em Brasília, e Rondônia com um dinheiro desse seguro,
com uma obra necessária, correndo o risco de perder R$ 180 milhões, como já
perderam governos passados. Quem vai se prejudicar é a Caerd, que pode perder a
concessão da água, porque ela (Caerd) ainda está lá, só tem a concessão, por
conta dessa obra de saneamento”, declarou o presidente.
O
presidente da Caerd, José Irineu Ferreira, entende que, do ponto de vista de
gestão, a companhia não tem nada a ver com obras do PAC, “obras essas que têm
sua independência, seus orçamentos, suas fiscalizações, a única coisa que
implica a Caerd é que essas obras irão agregar ao ativo operacional da
companhia depois que elas tiverem prontas”, afirmou.
Para
o presidente da Câmara Municipal de Ji-Paraná, Affonso Cândido (DEM), “é uma
vergonha a segunda maior cidade de Rondônia com prefeitos e vereadores
empenhados ter que sofrer com a incompetência de um ou outro para solucionar o
problema. A indignação é geral, somos o para-choque da população e também somos
constantemente cobrados. Precisamos de uma solução urgente”, enfatizou o
vereador.
Representando
a coordenação do PAC, Roberto de Carvalho Guimarães, após explanar para
secretários de Governo a atual situação do programa, garantiu que o recurso não
será perdido, não retornará e as obras serão iniciadas. “Até então a
coordenadora do PAC recém nomeada e o coronel Meireles do DER não tinham poder
de mando para operacionalizar. Agora com a nova gestão, já sabem as
deliberações que irão tomar”, explicou.
Após
os debates, o presidente Laerte Gomes marcou uma reunião para esta
quinta-feira, com o chefe da Casa Civil, a comitiva de vereadores, coordenação
do PAC, DER e concluir os encaminhamentos.
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