Quinta-feira, 16 de maio de 2019 - 18h53
Durante
a audiência pública, realizada na manhã desta quinta-feira (16), para debater
os desafios da cadeia produtiva do leite, o presidente da Assembleia
Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), denunciou a existência de um sistema de
cartelização e de combinação de preços, por parte dos laticínios.
Ele
lembrou quando a cadeia produtiva do gado de corte enfrentava situação
semelhante, com baixos preços pagos aos produtores e a Assembleia Legislativa
instalou uma CPI, que foi importante para uma solução.
"Na
época, se questionava a cartelização e a combinação de preços, pelos
frigoríficos. Nos laticínios, temos combinação de preços, temos cartel sim. E
quem lidera essa combinação, esse cartel é o laticínio Italac. O representante
do laticínio Toya, presente aqui nesta audiência, negou que exista cartel e
combinação de preços. Mas, depois chegou a admitir que eles se reúnem para
discutir preço sim. Se reúnem, esperam o Italac pagar e também mandam por fora,
sonegando imposto estadual e federal. É bom a Sefin ficar de olho e multa
neles", denunciou.
Presente
à audiência, o secretário adjunto da Sefin, Franco Ono, anunciou que irá
determinar uma apuração nas denúncias apresentadas pelo presidente da
Assembleia. "Vou determinar à nossa equipe que apure esses fatos ",
afirmou.
O
presidente denunciou ainda que, "o Italac e o Tradição, hoje mais o
Italac, tem uma estratégia de entrar numa região, pagar um preço melhor ao
produtor e quebrar os pequenos, depois compra por preço de banana. A terceira é
a pior: aquela empresa que gerava emprego é fechada, gerando desemprego. Isso
ocorreu na BR-429, por exemplo, como é o de conhecimento de todos. Precisamos
fazer alguma coisa. Isso aqui não pode ser só mais uma audiência pública".
Segundo
ele, "o caminho é o cooperativismo, não apenas de tanques de leite, mas de
laticínios. A cooperativa não vai roubar do seu dono. É um modelo que
precisamos buscar e implantar em Rondônia, como forma de regular o preço.
Enquanto isso não acontece, o Estado precisa ter coragem e reduzir incentivo
fiscal dos laticínios, que não repassam aos produtores. O consumidor é vítima
também, pois paga mais caro. Eles majoram os bolsos deles, tirando do suor de
cada produtor de Rondônia".
Laerte
garantiu ainda que "doa a quem doer, vamos pra cima. Se tiver que revogar,
derrubar essa lei de incentivos, vamos derrubar. Temos dois contracheques em Rondônia:
dos servidores públicos e do leite". Ele atestou ainda o seu respeito ao
empresário de laticínio Pedro Bertelli, que sempre participa das discussões
ligadas ao setor.
"Produtores
estão sofridos com o alto custo de produção e o baixo preço que recebem pelo
litro de leite entregue aos laticínios. Os atores principais aqui são os
produtores, que sentem na pele o que ocorre com a produção de leite e sofrem
com uma renda cada vez menor", finalizou.
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