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Instituto Mirtes Rufino leva educação para uma vida melhor em presídio estadual


Localizado no Complexo Penitenciário de Porto Velho, o Centro de Ressocialização Vale do Guaporé se diferencia das outras unidades penitenciárias do Estado pelas oportunidades de qualificação profissional e educação formal que oferece aos detentos. Dos 197 internos, 160 estão inseridos em projeto e programas, como o que é oferecido pela Acuda (Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso), pelo grupo de teatro Bizarrus, o ProJovem e, mais recentemente, aInstituto Mirtes Rufino leva educação para uma vida melhor em presídio estadual - Gente de Opinião oficina “Arte da Floresta”, ministrada em parceria com o Instituto Mirtes Rufino, com apoio do Banco da Amazônia. O trabalho realizado no Vale do Guaporé é baseado em moldes americanos, adaptados para a realidade local, e é realizado em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos. O programa é piloto no Brasil e deverá ser estendido para outros estados e também para as demais unidades prisionais de Rondônia, informa o assessor de reinserção da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), Rodolfo Teixeira Fernandes.
 
Artista plástica conhecida em Rondônia, com trabalhos expostos em outros estados e países, Mirtes Rufino é famosa pelos bonecos que confecciona com pó de serragem, cola e tinta, uma técnica que ela desenvolveu praticamente sozinha e agora está repassando para os participantes da oficina de arte “Arte na Floresta”. Intuitiva e talentosa, Mirtes aprendeu a ver o belo na natureza e também faz esculturas com pedaços de árvores que recolhe no rio Madeira. Pela primeira vez, ela está trabalhando com detentos e afirma que a oficina tem revelado pessoas talentosas. É o caso do Edilson Custódio, 39 anos, que trabalhava com conserto de carros e nunca antes havia feito artesanato. As mãos habilidosas produzem cabeças com fisionomias expressivas, entalhadas em madeira comprovando a afirmação de Mirtes.
 
“Esta oficina está abrindo portões para a reinserção dos detentos”, diz o artesão Ronaldo Farias, 47 anos, egresso do sistema penitenciário, que vive do artesanato e também participa da oficina “Arte na Floresta”, ensinando a montagem de bijuterias confeccionadas com sementes, madeira e outros produtos naturais da Amazônia. “Além de ser uma ótima terapia, o artesanato abre um leque imenso de oportunidades. Se a pessoa se dedicar, pode tirar o sustento da família desta atividade”, afirma ele.
 
 
Autonomia

“Pensamos no artesanato como uma opção de renda para os egressos do sistema, porque é uma atividade que não exige formalidades, nem conhecimentos técnicos específicos, já que o artesão trabalha como autônomo, em qualquer lugar e em qualquer tempo”, explica Rodolfo Fernandes. Estas possibilidades trazem esperanças de dias melhores para os participantes da oficina, considera Anselmo Nogueira de Souza, 30 anos, pai de dois filhos, de oito e 11 anos, que entra em contato com o artesanato pela primeira vez no Centro de Ressocialização Vale do Guaporé.
 
 
Programa prepara para a vida

O programa implantado no Centro de Ressocialização Vale do Guaporé tem por objetivo oferecer oportunidades de educação técnica e formal para preparar os reeducandos para a vida fora das prisões – uma realidade dura em que eles enfrentam o preconceito da sociedade.
 
Dos 197 internos do Centro, 160 realizam atividades fora das celas, participando das oficinas ministradas na sede da Acuda, que fica dentro do complexo penitenciário da Capital. Outros assistem aulas por meio do programa ProJovem, em parceria com a Semdestur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócio Econômico e Turismo) que ministra o ensino fundamental e oferece aulas de manutenção e pintura predial.
 
Os detentos também participam do grupo de teatro Bizarrus, que nesta sexta-feira, às 20h, apresenta a peça “Topo do Mundo”, na sede do Sest/Senat, em Porto Velho.
 
Para o assessor de Reinserção da Sejus, Rodolfo Teixeira Fernandes, o programa desenvolvido no Centro de Ressocialização Vale do Guaporé é um trabalho que deve dar frutos a médio e longo prazo, oferecendo a oportunidade de uma vida melhor, longe da criminalidade, para as milhares de pessoas que hoje estão no sistema carcerário, não só em Rondônia, mas em todo o Brasil.


Fonte: Ascom
 

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