Inauguração das Upas marca história da Saúde no município

Em quase dois meses de funcionamento, as Unidades de Pronto Atendimento (Upas 24 Horas) da zona leste e zona sul atenderam cerca de 24 mil pessoas. Na zona leste o número de atendimento chegou a 12.469 pessoas e na da zona sul 11.520 totalizando 23.989 atendimentos. Nas duas unidades a média de encaminhamentos é de três pacientes por dia. Os números foram divulgados esta semana pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

Localizadas em pontos estratégicos da cidade, onde residem cerca de 150 mil pessoas, por dia passam pelas Upas uma média de 600 pacientes para atendimentos de urgência e emergência. Dentro do planejamento estratégico da Semusa, as Upas 24 Horas estão integradas ao sistema municipal de saúde que tem nas unidades de atenção básica (Programa de Saúde da Família/PSF) a “porta de entrada” da rede. “As duas Upas representam um ganho significativo para a população da capital, pois por meio delas, o município passa a dá uma melhor resolutividade nos casos de urgência e emergência, desafogando a demanda do hospital João Paulo II. Isso porque o paciente quando chega à unidade, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por até 24h”, explicou o secretário da Semusa, Williames Pimentel.

As Upas funcionam 24 horas e oferecem serviços de raio X, laboratório para exames, aparelho de eletrocardiograma e atendimento pediátrico. Nelas, a população poderá resolver problemas como pressão alta, febre, cortes, queimaduras, alguns traumas e receber o primeiro atendimento para infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras enfermidades. Inauguradas no dia 11 de setembro, com a presença do ministra da Saúde, Alexandre Padilha, as duas Upas de Porto Velho foram as primeiras a entrar em funcionamento no estado. As duas unidades, de Porte II, oferecem à população atendimento emergencial de baixa e média complexidade 24 horas, sete dias por semana. “Com essas Upas, nós levamos a saúde para mais perto da população e com isso ajudamos a cidade inteira porque diminui a lotação nas demais unidades como os hospitais”, afirmou na ocasião da inauguração o ministro ressaltando a importância das Upas para a rede pública de saúde”, disse o ministro na ocasião.

O prefeito Roberto Sobrinho lembrou que para colocar em funcionamento as Upas, o município teve que capar médicos e enfermeiros, procurando dotar de segurança o atendimento e enriquecer o aperfeiçoamento do profissional médico nos procedimentos de urgência e emergência. “A equipe também foi treinada por uma equipe do Incor, da Fundação Zerbini, da USP, para poderem fazer leitura de eletrocardiograma e trombolitico no atendimento de pacientes enfartados. É bom lembrar que a segunda causa que mais mata em Porto Velho, depois do trânsito, é a cardiovascular”, afirmou.

O custo total da obra física das duas unidades ficou em torno de R$ 10 milhões, sendo que o custeio do Governo Federal ficou em torno de 1,5 milhão. O restante foi financiado com recursos das compensações sociais da ESBR com a contrapartida do município. As unidades contam cm com equipamentos de raios-X, eletrocardiograma, laboratório de exames, leitos de observação, e soluciona em média 97% dos casos. A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Samu 192, que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado a cada situação. Nas upas, o paciente é avaliado de acordo com uma classificação de risco, podendo ser liberado ou permanecer em observação por até 24 horas ou, se necessário, ser removido para um hospital de referência.