Sábado, 15 de novembro de 2014 - 09h22
O presidente da agência Idaron (c) participa do acordo com autoridades sanitárias bolivianas e brasileiras em San Joaquim
Elogios sul-americanos são sempre bem-vindos. E são para o Governo do Estado de Rondônia. Em reunião binacional promovida esta semana no Departamento do Beni (Amazônia Boliviana), técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, do Ministério de Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilpastoril (Idaron), o Estado de Rondônia foi destaque pelo cuidado dispensado à sanidade do rebanho bovino.
A reunião convocada a cem quilômetros da barranca do Rio Guaporé pelo prefeito de San Joaquin, Bernardo Winston Rodriguez Ardaya debateu quarta-feira passada o combate integrado à febre aftosa na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, a cerca de 700 quilômetros da capital.
“Reconheço muito o valor desse esforço em prol da sanidade animal”, disse o prefeito Rodriguez Ardaya, ao lado de pecuaristas, prefeitos e vereadores da região fronteiriça. Eles firmaram acordo bilateral para preservar rebanhos bovinos.
A reunião na Câmara de Vereadores da cidade boliviana serviu também como injeção de ânimo aos criadores do país vizinho, abalados desde a cheia ocorrida entre o final de 2013 e os primeiros dois meses de 2014 na região banhada pelo rio Madre de Dios (Beni), quando eles perderam mais de 45 mil cabeças de gado, por afogamento e falta de alimentação.
Prestigiaram o encontro o coordenador nacional de combate à febre aftosa do Ministério da Agricultura, Plínio Lopes, que representou o ministro Ney Geller; o presidente da Agência Idaron, Marcelo Henrique Borges, representando o governador Confúcio Moura; e Maurício Samuel Ordonêz Castilllo, representando a ministra da Agricultura boliviana, Nemesia AchocolloTola. Junto com eles, dezenas de produtores rurais do Alto Guaporé e da Bolívia.
Como a Bolívia conseguiu o status de área livre da febre aftosa pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), espera-se que Rondônia ajuste um corredor de imunidade que resultará em benefícios para um rebanho estimado em 6,5 milhões. Esse corredor foi idealizado por técnicos do Idaron, apoiados pelo Ministério da Agricultura do Brasil.
Parceria tem oito anos
Desde 2006, o Ministério da Agricultura e agência Idaron, em parceria técnico-financeira, imunizam o rebanho do Estado do Beni, visando à criação de um “colchão de proteção” contra a febre aftosa na fronteira entre os dois países.
Isso, de acordo com o presidente Marcelo Borges, contribui com o status de região livre de contaminação. Já o Serviço Nacional de Sanidade Animal da Bolívia, órgão responsável pela sanidade animal, definiu regras conjuntas para a vacinação. Esse serviço deverá ser revisto, anunciam as autoridades bolivianas.
Desde 2011, sucessivas reuniões entre técnicos bolivianos e rondonienses tornaram obrigatórios para cada ciclo de vacinação, debates a respeito de temas relativos à educação sanitária e combate à febre aftosa aos rebanhos na fronteira.
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120 mil doses
Em 2012 surgiram dificuldades para os laboratórios nacionais produzirem vacinas e oferece-las ao Ministério da Agricultura brasileiro, para posterior envio aos estados com vacinações periódicas em zonas de fronteira com outros países sul-americanos. Por meio ata formalizada pela Agência Idaron, registrou-se a transparência no registro de preços e foi possível o prosseguimento das campanhas binacionais de vacinação, sem prejuízos de continuidade.
Na reunião em San Joaquim, ficou decidido que o Governo Brasileiro, via Idaron, seguirá prestando apoio técnico nos períodos de vacinações.Assim, a partir de 2015, cinco tropas coordenadas por cinco técnicos bolivianos e dois brasileiros vão manter uma área de 50 quilômetros de fronteira com o rebanho bovino imunizado.
Serão colocadas à disposição dos produtores rurais 120 mil doses para cobrir a fronteira. Técnicos do Idaron já treinados e com especialidade em lidar com o problema estarão a postos na região. Para o representante do Ministério da Agricultura, Plínio Lopes, a reunião foi produtiva: “Cumprimos os objetivos e encontramos plenamente o caminho satisfatório no controle e na sanidade dos rebanhos”, ele disse.
Lopes espera que a partir de 2016 a Bolívia possa caminhar sozinha, organizando os seus criadores. Ao final do evento todos se mostravam satisfeitos.
Rondônia fornecerá vacinas
Com rebanho bovino de boa genética, animais alimentados com capim nativo e autorização para exportar carne para outros países, a Bolívia enfrenta o problema da falta de frigoríficos e o alto preço das vacinas, atualmente adquiridas na Argentina.
Rondônia é para os vizinhos, a mão amiga tão essencial no momento em que se rediscutem as exportações de carne sul-americanas para países europeus e asiáticos. Já está decidido que a partir do ano que vem toda vacina adquirida para imunizar o rebanho deles será adquirida no Brasil, especialmente em Rondônia.
Outra saída para os vizinhos é aproveitar as oportunidades do mercado globalizado, comercializando animais para o abate com empresas frigoríficas de Rondônia.
Fonte
Texto: José Luiz Alves De San Joaquim (Bolívia) Especial para o Decom
Fotos: José Luiz Alves
Decom - Governo de Rondônia
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