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Governo estuda a cobrança de pedágio na ponte rio Negro




O governador em exercício José Melo (PMDB) anunciou, na última sexta-feira (22), que o Poder Executivo Estadual já estuda a cobrança de pedágio na ponte sobre o rio Negro, como forma que garantir a manutenção da obra.

“No mundo todo se cobra pedágio em obras como essa. É com pedágio que se faz o serviço de manutenção”, declarou José Melo, em entrevista gravada com a imprensa, durante a visita de uma comitiva de magistrados à obra, ontem pela manhã.

Sem definir prazo, José Melo explicou que nos meses que se seguirão à inauguração da ponte, marcada, desta vez, para 24 de outubro deste ano - aniversário da cidade de Manaus - o consórcio responsável pela obra fará a manutenção da obra, mas, posteriormente, segundo ele, o trabalho ficará a cargo do Governo do Estado.

Conforme José Melo, para não arcar com esse custo, o governo estuda se a cobrança de pedágio, para o trânsito de veículos, será a solução para a manutenção da estrutura.

Instantes depois da declaração do governador em exercício, o chefe da Secretaria da Região Metropolitana de Manaus, René Levy Aguiar, contradisse a fala de José Melo, sustentando que o governo não tem estudos para cobrar pedágio na ponte sobre o rio Negro.

“Não há qualquer tipo de manifestação desse tipo. Estão confundido os estudos para manutenção e segurança da ponte com a cobrança de pedágio. Não há orientação desse tipo”, sustentou René Levy à imprensa. Antes, porém, o governador em exercício José Melo dissera que a ordem para a elaboração de estudos para a cobrança de pedágio partiu do chefe do Poder Executivo Estadual, Omar Aziz (PMN), que cumpre agenda governamental fora do Estado.

A nota enviada pela Agência de Comunicação do Governo (Agecom) à imprensa, na tarde de ontem, que registra a visita dos desembargadores e juízes à obra da ponte, não faz menção à fala de José Melo sobre a possível cobrança de pedágio.

O titular da Secretaria da Região Metropolitana de Manaus descartou a hipótese do governo do Estado inaugurar a ponte parcialmente, permitindo a circulação de veículos durante o dia, enquanto o sistema de iluminação da obra não é concluído. “Não podemos liberar a ponte enquanto não pudermos garantir a segurança necessária”, disse René Levy Aguiar.

O governador em exercício José Melo garantiu que no dia 24 de outubro a ponte sobre o rio Negro será inaugurada. Também segundo ele, até o próximo mês o governo do Estado abrirá processo licitatório que tem como fim executar obras de infra-estrutura urbana em Manaus, próximas à ponte, para facilitar o trânsito na chegada e saída de veículos.

Impacto

O Estudo de Impacto de Vizinhança, elaborado em 2008, por uma equipe da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), recomendou a construção de três viadutos para acomodar o trânsito que será gerado pela utilização da ponte.

Uma das intervenções seria um viaduto que cruzaria a Avenida Brasil, passando por terras do Exercito Brasileiro, permitindo a comunicação com a Estrada da Ponta Negra e as avenidas Pedro Teixeira e Jacira Reis.

Custos da obra são ‘aprovados’
Magistrados que visitaram ontem o canteiro de obras da ponte sobre o rio Negro defenderam os custos da construção e declararam que o preço pago pela edificação, mais de R$ 1 bilhão, é justo. Para o presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas, desembargador Aristóteles Thury, o valor da obra “foi muito bem explicado pelo secretário René Levy” durante sua palestra aos magistrados, na manhã de ontem.

“Não podemos comparar preços entre China e Brasil. A China tem mão de obra praticamente escrava. Aqui temos que importar mão de obra. Tivemos que buscar aço em outras regiões”, argumentou Thury, rechaçando as comparações entre o valor gasto na maior ponte do mundo, na China, e o investimento feito pelo governo do Amazonas.

Para o juiz Hugo Levy Filho, a obra da ponte “é um marco divisor”. Ele também disse que as explicações de René Levy o convenceram. Na avaliação dele, o custo pela construção “valeu a pena”. Já o juiz Marcos Maciel afirmou que a ponte vai facilitar a integração na região, mas ponderou não poder opinar sobre valores. “Eles disseram que a mão-de-obra e material foram muitos caros. Não conheço a planilha de custo. Não tenho capacidade técnica para avaliar”.

Além dos magistrados já citados, também visitaram a obra da ponte o desembargador Wilson Barroso e os juízes Elci Simões, Julião Sobral, Henrique Veiga, Andréa Medeiros, Irlena Benchimol e Adonaid Abrantes.

Fonte: A Crítica de Manaus / André Alves
 

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