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Gerenciamento de lixo no Centro de Medicina Tropical de Rondônia reduz gastos em 81%


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Resultados são obtidos com a conscientização e capacitação contínua dos servidores

Com a Implantação, em 2011, do  Plano de Gerenciamento de Resíduos  de Serviços de Saúde (PGRSS) do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), em Porto Velho, o total de resíduos infectantes gerados até 2010, que era de 151.821 quilos, por ano, caiu para 34.428 quilos. Enquanto que o valor que o hospital pagava para a empresa que fazia a coleta reduziu de R$ 1,066 milhão para R$ 283,4 mil, uma economia de 81%.

Em 2013,  com a implementação do plano de gestão ambiental, o percentual da economia para o Estado foi ampliado para 84% e, na mesma proporção, minimizando os impactos ambiental, social e visual com desenvolvimento sustentável.

A gestora ambiental do Núcleo de Gestão, Márcia Abrantes Alves, é funcionária do hospital há 20 anos, e em 2011 foi convidada para o desafio de gerenciar os resíduos do hospital. Ela explica que como antes não havia o Núcleo de Gestão Ambiental e nem gerenciamento de resíduos, consequentemente não havia segregação dos resíduos, com isso, o quantitativo dos resíduos infectantes era elevado.

Segundo Márcia Abrantes, para chegar a esse resultado o governo do Estado não precisou investir nenhum centavo. “Só chegamos a esse resultado com o  gerenciamento de resíduos fazendo a segregação correta e com a educação continuada dos funcionários para que tomassem consciência ambiental sobre o que é resíduo comum e o que é resíduo infectante”, disse a gestora ambiental, ressaltando que a eficiência do programa mexeu com o interesse financeiro de algumas pessoas, por isso houve muitas denúncias, mas ela garante que o trabalho implantado segue rigorosamente as normas  da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme a Resolução da Diretoria do Colegiado (RDC) 306, de 07 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

O trabalho segue também as normas do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que na Resolução (RDC) 358, de 29 de abril de 2005, dispõe sobre tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências, considerando os princípios da prevenção, da precaução, do poluidor pagador, da correção na fonte e de integração entre outros órgãos envolvidos para fins de licenciamento e de fiscalização, além da necessidade de minimizar riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho e proteger a saúde do trabalhador e da população em geral.
 

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Coordenadora Márcia Abrantes destaca redução dos impactos ambientais e a economia proporcionadas pelo gerenciamento do lixo no Cemetron

Antes da implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos do Cemetron, a maior parte dos resíduos era computada pela empresa que presta serviço terceirizado para o governo do Estado como resíduos infectantes, pois não havia controle e nem fiscalização. É considerado resíduo infectante, segundo Márcia Abrantes, o procedimento que tem contato com sangue ou secreção, que representa apenas 5% de todo resíduo gerado no hospital. O restante é lixo comum e reciclado, que também tem sua destinação adequada.

Márcia Abrantes  reforça que este é um trabalho árduo, que exige treinamento, monitoramento e fiscalização o tempo todo. “Se parar, o funcionário esquece que tem que mudar de hábito. Mas ao mesmo tempo o trabalho é gratificante, pois o Cemetron é referência no Estado”, afirmou, citando que o Tribunal de contas  acompanhou, por meio de uma equipe de três pessoas, a implantação do PGRSS do hospital, no final de  2011. e convocou uma reunião com todos os representantes de unidades hospitalares do Estado para mostrar esse trabalho, sugerindo para que sigam o mesmo caminho, pois além de ocasionar benefícios para o hospital, o gerenciamento dos resíduos reflete diretamente na melhoria da saúde pública e do meio ambiente.

A coordenadora destaca que os resíduos hospitalares, embora potencialmente infectantes e perigosos, são passíveis de tratamento e manejo seguro. É possível prevenir e minimizar os efeitos negativos quanto ao meio ambiente e à saúde humana, por meio de práticas corretas de gerenciamento, bem como, medidas de preservação ambiental.
 


Fonte
Texto: Eleni Caetano
Fotos: Admilson Knightz
Decom - Governo de Rondônia

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