Quarta-feira, 9 de dezembro de 2009 - 16h00
Cantando antigos sucessos de samba, que por muitos anos embalaram os bailes, festas e comícios, cantores e compositores de vários estados brasileiros participaram de uma animada e emocionante audiência pública na Comissão de Educação (CE) do Senado nesta quarta-feira (9). 
Artistas consagrados, muitos deles com mais de 80 anos, reclamaram reconhecimento. Entre as reivindicações que apresentaram aos senadores da CE estavam à regulamentação da profissão, seguro desemprego, um regime de aposentadoria especial e a divulgação de seus nomes toda vez que suas músicas tocarem em veículos de comunicação.
Muitos artistas relataram na audiência que continuam trabalhando em busca de cachê para equilibrar as contas. Alegam ainda que mesmo sendo autores de grandes sucessos continuam no anonimato e sem receber devidamente os direitos autorais.
Para a senadora Fátima Cleide (PT-RO), o Brasil não pode deixar essa cultura ficar no esquecimento. “Foram relatos emocionantes de artistas que mesmo com 70, 80 anos continuam trabalhando. É muito triste saber que a maior parte do público desconhece a autoria dessas músicas. Esses artistas alegraram e continuam alegrando a cultura brasileira. É um grande equívoco e desperdício esses artistas continuarem no anonimato”, destacou.
Na audiência pública, a senadora Fátima prestou uma homenagem ao cantor e compositor Agenor de Oliveira, ao lhe entregar uma placa de reconhecimento. Para o artista carioca, a aposentadoria especial é uma das principais reivindicações de todos os compositores, que muitas vezes trabalham como autônomo, ganha pouco e têm dificuldades de recolher contribuições à Previdência.
Nelson Sargento, sambista e autor de mais de 100 canções gravadas, cantarolou O Dono das Calçadas, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Depois tirou do bolso um recibo de R$ 329,19 para mostrar quanto recebeu em um mês de direitos autorais. “Menos que um salário mínimo”, frisou.
Adelaide Chiozzo, cantora, compositora e atriz disse que depois de 30 anos de contribuição recebe R$ 1.247 de aposentadoria. Hoje com 78 anos, ainda viaja com seu acordeom para completar o orçamento, cantando antigos sucessos como Beijinho Doce, de Nhô Pai. “Faço shows pelo Brasil inteiro ganhando um cachezinho. Mas o meu acordeom tem 14 quilos e, para mim, cada dia pesa mais”, disse Adelaide.
A cantora Ademilde Fonseca, 88 anos, disse que o dinheiro que recebe não dá nem para pagar os remédios. Por isso, continua cantando. A música brasileira, como ressaltou o compositor paulista Osvaldo da Cuíca em seguida, está entre as mais ricas do mundo. "Mas os músicos têm o pior tratamento", queixou-se.
Participaram ainda da audiência os cantores Wilson Moreira, que cantarolou sua Senhora Liberdade - em parceria com Nei Lopes - e Délcio Carvalho, que também recordou sua canção Sonho Meu, hino pela anistia que compôs com Yvonne Lara.
Fonte:Henrique Teixeira
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