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Faperon pede apoio para alteração do Codigo Florestal



Ana Aranda 

“As discussões provocadas no Brasil pelo projeto de lei que altera o Código Florestal

Brasileiro, ora em tramitação no Congresso Nacional, devem levar em conta a situação de penúria do homem do campo e a necessidade premente de produzir alimentos baratos para a população”, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia, (Faperon), Francisco Ferreira Cabral, conhecido como Chico Padre. Ele acredita “que deve prevalecer o bom senso, para que se permita a preservação, mas também para que se dê aos homens que vivem no campo as condiçõesnecessárias para sobreviver e trabalhar”.

“Em Rondônia, cerca de 80% dos pequenos agricultores estão inadimplentes com o Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar) porque não conseguem trabalhar, não contam com as condições mínimas, que são o acesso a maquinários,assistência técnica e insumos, além da falta de serviços básicos como saúde e educação”. Ele considera que a mudança do Código por si só não vai resolver a questão ambiental. “Só o uso da tecnologia no campo vai permitir que se tenha um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia”.

“Ninguém duvida que a preservação seja necessária, mas não podemos esquecer que o campo produz alimento para atender a uma necessidade básica da população”, alerta Chico Padre. “Com exceção de manchas de terra boas para o cultivo, o solo em Rondônia não oferece condições de cultivo e por isso há a necessidade de uma lavoura tecnificada. O homem do campo precisa de maquinário para trabalhar, só assim poderá produzir sem precisar queimar”, ressalta ele.

“A Faperon é favorável ao projeto de lei relatado pelo deputado Aldo Rebelo e espera que os parlamentares de Rondônia também apoiem as propostas de Rebelo”, informa Chico Padre.


Mata ciliar

Sobre um dos pontos polêmicos do projeto de lei do deputado Aldo Rabelo que altera o Código Florestal - a redução da faixa de proteção aos cursos de água, a chamada mata ciliar - Chico Padre argumenta que o tamanho das mesmas deveria ser calculado caso a caso, com o apoio da Embrapa, levando em conta o tipo de solo e o declive de cada região. “Cada área tem suas próprias características. Não tem como padronizar este tipo de medida. Precisamos trocar o achismo pela tecnologia e a ciência”, explica. Ele lembra que na última semana, a Confederação da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), sugeriu a redução da área de mata ciliar de 15 metros – medida que consta do relatório do deputado Aldo Rebelo - para 7,5 metros, “sem qualquer estudo técnico da questão”, ressalta o presidente da Faperon.

Chico Padre lamenta o tratamento dado aos agricultores, “que são taxados como vilões do desmatamento”. Para ele, “os verdadeiros vilões são o Governo Federal e o Incra, que criaram as regras impostas aos agricultores que se deslocaram para a Amazônia para povoar a região - atendendo a um apelo governamental - e não foram orientados nem fiscalizados sobre os limites de desmatamento que deveriam respeitar”.

O presidente da Faperon considera que “o Brasil precisa ser governado por um patriota, um homem comprometido com o País, que não seja imediatista, ou seja, que não tome medidas de olho nos dólares que são enviados para a preservação da natureza, recursos estes que infelizmente estão tendo outros destinos que não incluem a Amazônia”. Chico Padre defende que 30% dos recursos do G7 sejam destinados para a educação ambiental do homem do campo. “Ao invés de multa, os agricultores e pecuaristas precisam de informação para produzir de forma sustentável”, finaliza o presidente da Faperon.

Fonte: Ana Aranda – DRT/RO 16
 

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