Segunda-feira, 13 de março de 2017 - 10h07
Porto Velho, Rondônia – A trajetória dos soldados da borracha ainda não foi descrita, plenamente, por historiadores e pela mídia rondonienses, afirma o presidente do Sindicato da entidade, o seringueiro José Romão Grande, 94, completados no sábado [11]. A insatisfação deles chega, também, aos baixos salários e na suposta indenização de R$ 25 mil dados pelo Governo brasileiro.
Ele entende que não se trata de uma obrigação. Porém, Romão alerta esses segmentos para que o registro de um dos mais importantes ciclos da história local ‘não se vá com a morte súbita de algum combatente ou seringueiro, ainda anônimo’.
Em Rondônia, se recorda da luta empreendida nos seringais e pelos grotões do Baixo e Alto Rio Madeira; é às vezes, além dos rios Jamari e Machado. Nessas colocações, ‘nós, soldados da borracha, singrávamos outros rios, igarapés, chavascais e cachoeiras indo até às estradas de corte de Tabajara’ – hoje anexada a Machadinho do Oeste.
Segundo Romão, ao se referir a não descrição do processo histórico sobre a vida dos ‘soldados’ nos seringais, ‘não se trata de se tentar obstruir os fatos já relatados, em caráter oficial’. ‘Falta-nos reconhecimento por parte das autoridades’, afirma.
- Historiadores e a mídia são peças fundamentais desse processo ainda não esclarecido, totalmente, para que algumas das decisões oficiais sejam revisadas, ele assegura.
José Romão se acha indignado ao saber que, ‘convocados cariocas que se quer pisaram os territórios onde a guerra comia solta e muito menos, cortaram borracha nos seringais da Amazônia, foram contemplados com um soldo de até R$ 5.200 ou mais’. Enquanto isso, ‘míseros dois salários foram nos dados pelo Governo’, se queixa.
Para que essa distorção seja corrigida, ele propôs um maior empenho por parte da bancada federal rondoniense no Congresso. E lembrou que nas campanhas eleitorais, ‘os soldados da borracha são paparicados e ao final, passamos batidos pelas manobras atribuídas à base aliada do Governo, na Câmara e no Senado Federal’.
Romão se disse injuriado ao saber, diariamente, nas plenárias do SINDSBOR, que os reles R$ 1.960, em média, sofrem descontos ainda não esclarecidos. Segundo ele, ‘o caso preocupa a todos, principalmente, os não-alfabetizados que continuam sem ter a informação que precisam’, ora da Previdência, ora das financeiras, em caso de empréstimos.
Com relação ao soldo pago aos combatentes cariocas convocados e/ou não a Segunda Grande Guerra [1939-1045], o presidente do Sindicato dos Soldados a Borracha Para os Estados do Acre, Rondônia e Amazonas, José Romão Grande, ressalta que, ‘o caso requer uma revisão imediata pelo Governo e a Justiça Federal’.
- Não vejo por que isso não venha a acontecer, justamente, quando o Governo Federal anuncia que o Brasil é o País de tradição acolhedora e s instituições estão fortalecidas no atual Governo, reiterou Jose Romão Grande.
Enfim, diz que ‘lutamos pelo mesmo objetivo, o de defender a Pátria e os aliados’, com a diferença de que uns lutaram contra o inimigo em terra e nós, soldados da borracha, animais ferozes e peçonhentos, Malária, Beriberi, Barriga D’Água, Febre Amarela e outras doenças virais nos seringais em nome da indústria pneumática e na sustentação da economia nacional.
Fonte: George Telles
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