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Extensão rural: fortalecimento da produção leiteira


O segundo dia de trabalho do XII Congresso Internacional do Leite trouxe à discussão o futuro da extensão rural no Brasil. A análise foi feita pelo ex-presidente da Asbrer e atual secretário de Estado de Trabalho e Emprego de Minas Gerais, deputado federal Zé Silva.

Em sua palestra “A extensão rural e a assistência técnica brasileira – uma análise para o futuro”, Zé Silva abordou temas relevantes apontando o atual cenário e o futuro das atividades de assistência técnica e extensão rural e que hoje ganha uma aliada: a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
A extensão rural completa, este ano, 65 anos de atividades no Brasil. Ao longo dessas seis décadas e meia dedicadas ao desenvolvimento e fortalecimento da agricultura, muitos caminhos foram percorridos, mas nada se compara às conquistas que hoje estão prestes a serem aprovadas no Senado Federal.
A criação da Anater, já aprovada pela Câmara Federal, foi aprovada nesta quarta-feira (6/11) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e agora aguarda a votação no plenário da Casa. Para o secretário executivo da Emater-RO, Luiz Gomes Furtado, esse será o caminho para que as Emateres de todo o pais possam ter maios apoio logístico e financeiro. “É o que vai fortalecer a instituição”, diz Luiz.

Para Zé Silva, um dos principais articuladores da Lei Geral de Assistência Técnica e Extensão Rural do Brasil, a “Lei de Ater”, os desafios ainda são grandes. Ele alega ser necessário que os extensionistas tenham uma maior atuação política a fim de se transformarem cada vez mais em agentes de mudança. É preciso também investir em modelos de gestão e buscar junto às universidades a inclusão da extensão nos seus currículos. “Os profissionais recém-formados saem das universidades sem conhecimento do que é a extensão rural”.

A necessidade de integração da extensão com a pesquisa também é essencial para o desenvolvimento da agricultura, em especial da pecuária leiteira. Os avanços com a introdução da tecnologia da informação também tem contribuído muito para a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos e, com inclusão, por meio da internet no campo, o agricultor está muito mais in formado, por isso é preciso correr contra o tempo e modernizar as instituições de Ater.

A experiência da Austrália

A modernização também foi tema da palestrante Helen Ross, professora da Universidade de Queensland, na Austrália. Ross trouxe a experiência australiana na relação pesquisa, extensão e empresariado rural. Segundo ela, o governo australiano tem dado grande incentivo aos agricultores locais. “Estamos saindo de uma melhoria da produtividade da propriedade para melhorar a gestão da terra e transformar a atividade em uma agricultura cada vez melhor”, explica a professora.
Também houve mudança na metodologia de trabalho junto aos agricultores australianos, onde, ao invés de visitar as propriedades, foram realizados workshops. “Os agricultores aprendem muito mais e têm a oportunidade de trocar informações”. Outro fator importante é a ênfase dada na avaliação. “Muitas metodologias enfocam a avaliação das novas tecnologias ao invés de presumir que vão funcionar”.

Ao apresentar a experiência da Austrália na extensão ambiental e no trabalho em comunidade, a especialista em desenvolvimento rural falou da iniciativa dos agricultores em formar grupos para trabalhar juntos e melhorarem suas práticas. Essa iniciativa foi encorajada pelo governo australiano, inclusive com recursos financeiros governamentais que, somados a outros tipos de financiamento propiciaram resultados positivos para os agricultores.

Essas experiências foram ilustradas com fotos de propriedades australianas e apresentação de dois casos de sucesso: a “Australian Dairy Farmes Ltd.”, que representa os agricultores, e a “Dairy Australia (R & D Corporation for dairy)’, que era uma cooperativa e se transformou em representação de fazendeiros.

Fonte: Renata Kelly da Silva

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