Sábado, 25 de dezembro de 2010 - 11h09
Utilizando a estrutura da Assembléia de Deus, ela reunia os representantes das igrejas nos municípios e pedia votos em troca de telhas, tijolos e espaços na rádio Boas Novas.
José Neto, que disse ter sido enganado pela parlamentar, afirmou que a promessa era baseada na quantidade de votos obtidos em cada instituição religiosa. “Ela fazia compromissos em cada igreja, trocando, às vezes, o apoio político das igrejas por um programa na rádio”, confirmou.
O ex-assessor, que trabalhou até agosto deste ano, afirmou desconhecer a doação de motores de popa, dentaduras e outros equipamentos, mas confirmou que os R$ 472.130 eram esperados com o objetivo de bancar a campanha.
“Não presenciei a troca de votos por motores ou outros equipamentos, pois saí da campanha antes de terminar, mas ela sempre esperou aquele dinheiro, sempre. Depois passo outras informações sobre a forma de campanha dela”, declarou.
José Neto disse que trabalhou dois anos e meio com Antônia Lúcia e que chegou a abrir contas bancárias a pedido dela para emitir cheques que nunca foram pagos. “Ela financiou em meu nome uma caminhonete Ranger, placas NGY 4464, em Brasília, e emplacou em Anápolis (GO). Ela repassou o veículo para mim com o objetivo de saldar dívidas que ela tinha comigo, mas nunca pagou uma prestação da caminhonete que foi utilizada durante toda a campanha”, contou.
O ex-assessor, que também servia como motorista e segurança, afirmou que investiu os próprios bens para bancar as campanhas de 2006, de 2008 (municipais) e de 2010 com a esperança de ser ressarcido, mas a única resposta que obteve foram ameaças enviadas por meio de mensagens de texto de um celular. A equipe de reportagem verificou que o telefone, com o prefixo de Brasília, é da missionária que chegou a gravar uma mensagem no correio de voz, se identificando e pedindo para deixar mensagem.
“Comecei a trabalhar com ela depois de ter apoiado o deputado Walter Prado, em 2006. Em 2007 recebi um convite de ir para Brasília, onde estudaria e trabalharia como assessor, mas ela nunca pagou o salário prometido. Além de ter vendido um terreno e dois carros que eu tinha para ajudar a deputada com a promessa de que receberia tudo corrigido”, disse.
De acordo com José Neto, o prejuízo dele teria chegado a cerca de R$ 100 mil. “Isso sem contar os direitos trabalhistas que vou cobrar. Estou juntando toda a papelada para entrar na Justiça comum também”, finalizou o ex-assessor. (Freud Antunes)
Processos
O Ministério Público Eleitoral acusa Antônia Lúcia de compra de votos, de formação de caixa dois e de utilizar a estrutura de igrejas evangélicas e da rádio e TV Boas Novas para a realização de campanha.
Os supostos crimes começaram a ser investigados quando a Polícia Federal (PF) flagrou a troca de combustível por votos. Na época, a polícia teria realizado interceptações telefônicas, confirmando as irregularidades.
Em outra ação, a PF conseguiu apreender R$ 472.130, que segundo o MP, teriam sido repassados por Silas Câmara à então candidata Antônia Lúcia. O dinheiro foi enviado do Amazonas para o Acre.
O inquérito policial que instrui a representação do Ministério Público narra ainda outros crimes supostamente cometidos pela candidata, entre eles uso indevido de meio de comunicação social e compra de votos. Por meio de escuta telefônica, a PF constatou também que colaboradores da candidatura de Antônia Lúcia, dentre os quais pastores de vários Templos e Igrejas evangélicas de Rio Branco, elaboraram listas de eleitores com necessidades para repassá-las ao núcleo de apoio à candidata para entrega de bens.
Outro lado
Por telefone, a equipe do jornal A Tribuna tentou entrar em contato com a deputada, mas ela não atendeu as ligações. O advogado da missionária, Francisco Valadares Neto, preferiu não se pronunciar.
Fonte: Jornal A Trinuna/Acre/Freud Antunes
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