Empresa Andrade Gutierrez reconhece falhas

O gerente de obras da Empresa Andrade Gutierrez, Fábio Alves Pereira, responsável pelas obras de saneamento em Porto Velho, garantiu durante sessão popular realizada na Câmara Municipal na tarde desta segunda-feira (18), que as obras fechamento de valas e recuperação asfáltica das ruas prejudicadas pela empresa devem ser executadas num prazo de 25 a 30 dias de trabalhos consecutivos. “A empresa reconhece os prejuízos causados à população durante a execução das obras, principalmente na zona sul. Seria leviano dar um prazo menor que trinta dias. Mas as equipes estarão trabalhando para sanar o problema”, disse.

O gerente explicou que somente as obras que estiverem sob jurisdição da Andrade Gutierrez serão recuperadas. “Os trabalhos foram paralisados em 2008 e nesta época existiam outras empresas executando serviços na cidade seja em drenagem ou abastecimento de agua. Não sei se ainda continuam. A grande falha de gestão foi deixar que estas valas permanecessem abertas. Não vamos paralisar os serviços para não comprometer o prazo de entrega. Faremos uma programação e pretendemos cumprir”, garantiu.

Ao fazer ouso da palavra o presidente da Câmara de Vereadores, Alan Queiroz, ressaltou que os moradores da zona sul foram os mais prejudicados com as valas abertas e a destruição do asfalto. “A situação é calamitosa. Ruas que antes tinha asfalto em bom estado, hoje encontram-se destruídas. Foi um serviço mal feito. Não consigo entender como uma empresa tão conceituada com obras dentro e fora do País ao realizar um serviço simples na nossa cidade causou tanto problema. A avenida Cahula por exemplo, está comprometida. Nos horários de pico é caótico. Esta audiência tem que ter um encaminhamento. Tem que haver solução. Do jeito que está não dá para continuar. Nós vamos cobrar o cumprimento deste prazo”, salientou Alan

Ao final da Sessão o secretário municipal de Obras, Gilson Nasif foi taxativo ao dizer que o problema se estendeu por falta de acompanhamento da administração anterior em cobrar a empresa Andrade Gutierrez. “Esse tipo de serviço oferece o mesmo transtorno em qualquer cidade do mundo. Ninguém se entendeu e cada um fazia do jeito que queria e por isso se chegou ao caos. Não houve diálogo. Assim que assumimos nos reunimos com a Andrade Gutierrez e firmamos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que determinou que nenhum serviço seria iniciado enquanto não fosse concluído os trabalhos de recuperação destas ruas que foram danificadas. Neste período chuvoso é difícil e complicado de ser feito. Mas acredito que a Andrade Gutierrez cumprirá o TAC. Sempre fui critico desta empresa mas agora eu vejo que a coisa está andando e quem ganha é Porto Velho”, assegurou Gilson

Participaram da sessão popular o representante da Ordens dos Advogados do Brasil (OAB), Juliano Junqueira e a representante do Governo do Estado, Iacira Azamor. O Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Publico Federal (MPF) foram convidados mas não compareceram e nem justificaram a ausência.

Fonte: Ascom