Terça-feira, 7 de maio de 2019 - 19h17
O deputado Jean Oliveira (MDB), na
sessão plenária desta terça-feira (7), disse ter chegado ao seu conhecimento um
assunto polêmico, de que agentes do Governo, como assessores jurídicos e
secretários, estariam mantendo conversações e encontros em hotéis e em salas do
CPA, tratando de encontro de contas com a empresa Energisa e com a Caerd.
O presidente da Assembleia Legislativa,
Laerte Gomes (PSDB) disse que o governador Marcos Rocha (PSL) precisa parar de
escutar o assessor jurídico e passar a ouvir a Procuradoria Geral do Estado.
“Na PGE temos pessoas capacitadas não
para defender o governador, mas o Estado. Há denúncia de que esse mesmo
assessor jurídico disse que a Assembleia Legislativa estava dominada, que o
Governo teria 16 ou 18 deputados e que o encontro de contas aconteceria sem
problemas”, destacou Laerte.
O parlamentar disse que o governador é
uma pessoa séria e que não deve ter conhecimento do que está acontecendo. “A
Energisa pegou a concessão pagando algo simbólico porque na compra já estava
envolvida a dívida. Essa conta deve ser paga pela Energisa, sem encontro de
contas. Se não queria pagar, não deveria ter comprado nada. O governador deve
tomar uma providência quanto à denúncia”, acrescentou.
Laerte Gomes deixou claro que não está
se posicionando contra o governador, pois sabe que Marcos Rocha não compactua
com negociações que possa prejudicar Rondônia. “E uma parte desse dinheiro
pertence às prefeituras, por isso não cabe encontro de contas”, citou.
O presidente da Assembleia afirmou,
ainda, que a Casa de Leis acompanhará a prestação de contas para saber
exatamente quanto a Energisa deve para o Governo. “Essa conta, aliás, já foi
paga pelo povo de Rondônia”, garantiu.
Jean Oliveira explicou que lhe foram
apresentados nomes de quem estaria promovendo as conversações. Jean lembrou que
existe um débito da Energisa (com o Governo), de R$ 1,8 bilhão, enquanto a
dívida da Caerd é de R$ 600 milhões.
“Não tenho dúvida de que essas
negociações estão acontecendo sem o consentimento e sem o conhecimento do
governador Marcos Rocha”, afirmou o deputado.
De acordo com Jean Oliveira, um encontro
de contas interessa, porque o Governo precisa quitar precatórios até 2020.
“Marcos Rocha poderá ser o primeiro governador do Estado a liquidar os
precatórios, se for feito o que ele planeja, fazendo justiça com os credores”,
destacou.
Ele afirmou, ainda, que a Energisa
conseguiu a concessão do sistema de energia pagando um valor simbólico,
justamente por causa da dívida bilionária com o Governo. “E a empresa traiu a
população, aumentando a tarifa (de energia elétrica) ”, acrescentou.
Para Jean Oliveira, a denúncia
envolvendo assessor jurídico e secretário de Estado negociando encontro de
contas é grave. Para ele, da forma como está sendo ventilado, não será bom para
o Estado.
O parlamentar citou que há diversas
necessidades em Rondônia, como a construção do Hospital de Urgência e
Emergência de Rondônia (Heuro), o fortalecimento da Emater e a recuperação de
Estradas. “Mas com acordos assim, não haverá dinheiro para executar essas
obras”, adiantou.
Diversos deputados se pronunciaram,
afirmando que qualquer negociação deverá passar pela Assembleia Legislativa.
Jean Oliveira afirmou que o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça também
devem participar da negociação.
Em aparte, o deputado Jair Montes (PTC)
considerou a denúncia levada ao plenário pelo colega Jean Oliveira é da maior
gravidade e cobrou um posicionamento firme da Assembleia Legislativa. “Tenho
certeza que o governador Marcos Rocha, que ganhou o Governo pregando a
moralidade e contra a corrupção, trazendo até o ex-juiz Sérgio Moro ao Estado,
não sabe que assessores de primeiro escalão andam em hotéis e até no Palácio
fazendo essas tratativas”, afirmou.
Para Adelino Follador (DEM), é preciso
transparência nessas negociações. Em sua opinião, se a Energisa deve ao Estado
precisa pagar a conta. Ele questionou o aumento abusivo da energia logo após a
concessionária assumir o controle da distribuição da energia em Rondônia.
Lazinho da Fetagro (PT) entende que o
governador Marcos Rocha passou longe dessas negociatas dos seus assessores. “Se
tiver fazendo isso, está perdendo o juízo da cabeça”, acrescentou.
O deputado Cirone Deiró (Podemos)
defende que a Energisa pague o que deve ao Estado e receba as contas da Caerd,
mas não negocie precatório. Para ele, o Governo precisa dos recursos e a
Assembleia deve estar inserida nas discussões.
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