Terça-feira, 8 de junho de 2010 - 12h37
O deputado Jesualdo Pires (PSB) denunciou na Assembleia Legislativa, na sessão plenária desta segunda-feira (7), a empresa Votorantim pela prática do monopólio na comercialização do cimento em Porto Velho, mesmo recebendo incentivos fiscais do governo do Estado de Rondônia, e que já está anunciando a falta do produto na Capital do Estado. “O preço do cimento praticado por essa empresa aqui é bem superior ao que ela própria pratica em Cuiabá, onde também tem fábrica. Não se justifica essa prática e estou encaminhando documento para o governo do Estado no sentido de que sejam cancelados os incentivos, pois, na prática, não estão atendendo os objetivos propostos inicialmente”. CLIQUE OUÇA REPERCUSSÃO DE MAURÍCIO CALIXTO NA RÁDIO RONDÔNIA.
Para exemplificar o que classificou como abuso, o deputado Jesualdo Pires disse que o preço do cimento em Porto Velho é o mais caro do Brasil, já que a Votorantim comercializa o saco de 50 quilos ao preço de R$ 21,55, na fábrica, chegando ao consumidor final ao preço de R$ 27. “Em Goiânia, o valor na fábrica é de R$ 13, chegando ao consumidor ao preço de R$ 16,80. Em Brasília, o preço praticado é de R$ 12,80, na fábrica, e de R$ 16,50 ao consumidor final. Não se justifica essa prática aqui porque existem os incentivos fiscais. Só para se ter idéia, a fábrica em Porto Velho vende o cimento a granel pelo mesmo preço ensacado. Até há um mês, o cimento a granel era mais caro que o saco”.
Jesualdo Pires, que é também engenheiro civil, falou da tribuna da Assembleia Legislativa que “estão programando para este mês de junho a falta de cimento.
Essa prática é fictícia só para aumentar mais ainda o preço, pois virá a justificativa do término das chuvas e aí se justifica o aumento pela aceleração das obras. Essa prática já vem ocorrendo há anos aqui em Rondônia”. O parlamentar foi mais além e disse que “nossa fábrica é nova (sem despesa de manutenção) e tem todos os tipos de incentivos fiscais do Estado, inclusive redução do ICMS, e deveria praticar o menor preço do Brasil, mas, infelizmente, não é isso que vem acontecendo. O preço do produto está maior do que quando era transportado da fábrica de Cuiabá para Porto Velho. Somente o frete era em torno de R$ 9 por saco de cimento”.
Conforme a denúncia feita pelo deputado Jesualdo Pires, a qualidade do cimento produzido em Porto Velho é mais baixa do que a produzida em outros Estados. “O cimento daqui está sendo produzido em CP IV, que é para consumo das Usinas do Madeira, sendo que o nosso deveria ser CP II para obras de construção civil. Por conta disso, as empresas instaladas em Porto Velho estão comprando cimento em Brasília e o mesmo chega aqui mais barato do que o fabricado aqui, mesmo com a distância de 2.600 quilômetros. E mais: o cimento Nassau que é produzido no Amazonas é vendido em Rondônia pelo mesmo preço do fabricado aqui”.
Jesualdo Pires disse estar encaminhando documento ao governo para saber dos incentivos fiscais que foram dados à Votorantim. Os deputados Luiz Cláudio (PTN) e Tiziu Jidalias (PP) propuseram o encaminhamento de documento à direção da empresa para prestar os devidos esclarecimentos e, em sendo necessário, decide-se pela convocação da empresa e do governo para as explicações oficiais e a tomada de providência, pois consideraram as denúncias graves. Jesualdo concordou com a proposição.
Fonte: Ascom
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