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Defesa Civil entrega água a desabrigados do Baixo Madeira


A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Defesa Civil Municipal e secretaria municipal Assistência Social (Semas) continua atendendo as comunidades ribeirinhas atingidas pela cheia do Rio Madeira. Os distritos do Baixo e Médio Madeira ficaram praticamente embaixo d'água. Na última semana o nível do Rio diminuiu consideravelmente e as residências atingidas começaram a aparecer, mas a Defesa Civil tem orientado a população de que é necessário realizar uma avaliação das casas antes que haja o retorno da comunidade para que não ocorra nenhum incidente, já que por terem ficando submersas por mais de dois meses elas podem estar comprometidas. A Prefeitura também estuda a possibilidade de reconstruir os distritos de São Carlos e Nazaré e demais comunidades ribeirinhas atingidas em outras áreas, mas enquanto não há uma definição todos os esforços estão voltados ao atendimento essencial destinando abrigo e alimentação.

Neste final de semana equipes da coordenadoria municipal de Defesa Civil entregaram cestas básicas e água potável em São Carlos, Nazaré, Calama e Demarcação. Comunidades próximas e que também foram devastadas como Terra Caída, Bom Será, Boa Vitória, Papagaios e Curicaca também receberam a assistência do Município. Em regiões de difícil acesso a Comdec envia embarcações menores para realizar a entrega dos mantimentos.

O apoio da prefeitura foi elogiado pelo morador de São Carlos, Pedro Barroso que também falou do desejo em voltar a morar no distrito. “Desde o começo a prefeitura tem enviado seu pessoal pra nos ajudar, e isso é muito importante, mas agora é hora de recomeçar e não acredito que São Carlos tenha acabado. Espero que possamos recomeçar e aqui”, disse ele.

Em São Carlos 300 famílias estão em um acampamento montado na margem direita do Rio, numa região mais alta. Foram ainda montadas 80 barracas para acolher famílias que perderam tudo. Um barco da Defesa Civil Municipal está fixo às margens do distrito e recebe semanalmente água e cestas básicas para serem distribuídas às famílias cadastradas. Uma assistente social acompanha e avalia diariamente as necessidades das comunidades.

O administrador de São Carlos, Ednardo Medeiros, destacou a atuação da prefeitura que foi essencial para que todas as famílias desabrigadas fossem atendidas. “Nasci em São Carlos, amo este distrito e nunca imaginei que essa situação toda pudesse acontecer. Perdemos nossas casas, a escola, a unidade de saúde e o comércio em geral foi atingido. Estávamos bem organizados e agora entristecidos com tudo isso. Sabemos que os esforços da prefeitura estão voltados para amenizar todo esse sofrimento. A comunidade cobra por uma definição sobre onde reconstruiremos nosso distrito e esperamos que tudo se resolva o mais breve, e que seja numa área em que não percamos nossa cultura, nossas atividades, nossa identidade”, disse ele.

Segundo o agente de Defesa Civil, Cosme Vieira, embarcações menores também dão apoio nas regiões de difícil acesso. “Existem comunidades que ficaram isoladas e como perderam suas residências e suas plantações estão necessitando de toda a assistência possível. A prefeitura não tem medido esforços para ajudar e sobretudo em salvar vidas. Estamos há dois meses diretos levando assistência aos distritos atingidos e graças a Deus nenhum incidente grave aconteceu. Não tem faltado água e há cada 15 dias entregamos as cestas básicas, o que tem ajudado muito estas famílias”, disse Cosme.

Já outra preocupação da comunidade é com o prejuízo na agricultura. Grande parte dos moradores tira a renda da produção de frutas e criação de animais e tudo foi perdido. Seu José Silva é morador há mais de 60 anos de São Carlos, e diz que nunca presenciou nada parecido. Sua propriedade está soterrada, suas plantações perdidas e fala do prejuízo que pode chegar a cerca de 300 mil reais. “O mesmo Rio que me deu tanta alegria, foi o mesmo que destruiu tudo. Não sabemos o que levou a toda essa destruição, mas espero que possamos reconstruir nossa comunidade e que seja numa outra área, já que por toda essa água que cobriu nosso distrito ficamos apreensivos com o fato de que ano que vem tudo possa acontecer novamente”, disse ele.

O prefeito Mauro Nazif já orientou a secretaria municipal de Agricultura e Abastecimento(Semagric) para realizar um levantamento de todos os prejuízos dos agricultores para que se possa encontrar uma solução para ajudá-los.

Fonte: Meiry Santos

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