Sexta-feira, 25 de março de 2011 - 13h04
A produção de um diagnóstico da saúde na região amazônica foi tema debatido quarta-feira (23) na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, quando foi aprovado requerimento do deputado Francisco Praciano (PT-AM), propondo a criação de um grupo de trabalho no âmbito do colegiado para elaborar documento com os principais problemas da região, e encaminhar propostas de solução para o Ministério da Saúde.
Um dos que apoiaram a proposta, o deputado Padre Ton elogiou a iniciativa, mas sugeriu que o diagnóstico não fosse produzido isoladamente por cada deputado, e sim de forma conjunta, buscando informações de todos os estados amazônicos de forma integrada, em nome de uma comissão ao invés de um grupo de trabalho. “Não podemos deixar a idéia solta. Não estamos aqui para pedir esmola ao governo brasileiro, porque nossa região é muito rica. Existem muitas questões que precisam de atenção urgente”, destacou o deputado.
Aprovado na comissão, o requerimento do deputado Praciano propõe um diagnóstico sobre o Tratamento Fora do Domicilio (TFD), já solicitando uma revisão no valor concedido ao paciente para cobertura de custos na região em que se desloca para tratamento. “É um absurdo o valor de apenas R$ 12,50 para a pessoa dormir, se alimentar, se deslocar. E acredito que a realidade dos outros estados seja semelhante ao Amazonas”, disse.
Além disso, ele também propôs uma avaliação sobre a política de distribuição de soro antiofídico; implantação e estruturação de centros de referência nas capitais da região Norte para transplantes renais e implantação de um programa denominado de Telemedicina e Saúde Fluvial Itinerante.
O deputado Padre Ton sugeriu acrescentar no levantamento a situação do Programa Saúde da Família (PSF), “que não pode ser igual, na Amazônia, ao Rio de Janeiro ou São Paulo” e da contratação de médicos, uma dificuldade constante.
O parlamentar também informou ao colegiado sobre o pedido de criação de uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados para verificar, in loco, a situação das obras da usina de Jirau, em Rondônia.
Fonte: Mara Paraguassu
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