Sexta-feira, 27 de julho de 2012 - 17h44
O Centro Especializado para a População de Rua (Centro POP), da secretaria municipal de Assistência Social (Semas), inaugurado em Julho de 2011, localizado na Rua Prudente de Morais, 1899, no Bairro Areal, está oportunizando que moradores de rua de Porto Velho mudem de vida. O Centro POP nasceu para dar uma nova perspectiva de vida para esta população que por diversos motivos diversos passaram a viver na rua. Dentre os mais apontados é o consumo de drogas por crianças, adolescentes e principalmente adultos. São usuários de álcool, oxi, tabaco, crack, maconha entre outras drogas. Situação alarmante nos grandes centros urbanos que passam por um processo de modernização, urbanização e desenvolvimento econômico.
Segundo Rose Silva, coordenadora do Centro Pop, de oitenta atendimentos que o Centro realiza durante o mês 99%, são dependentes químicos. “Neste quase um ano de atendimento, já reencaminhamos para uma vida melhor cerca de 100 pessoas, e infelizmente a maioria é dependente, porém temos alguns poucos que não usam drogas”, afirma.
Serviços
No Centro o morador passa pelo serviço socioassistencial, realizado pelos técnicos da unidade, onde ele passa por psicólogos, assistentes sociais e por uma avaliação médica, que é feita na Policlínica Oswaldo Piana, localizada na Av. Campos Sales. Hoje, são atendidas 16 pessoas em um espaço de repouso. O serviço funciona de 12 em 12 horas. Uma espécie de albergue. Além disso, o Centro POP oferece quatro alimentações diárias.
De acordo com Rose, neste trimestre foram servidas em torno de 600 alimentações. “A alimentação é balanceada, com um cardápio feito por nutricionistas, pois recebemos pessoas diabéticas e com pressão alta. O público oscila muito. Podemos atender a trinta pessoas hoje e amanhã somente 10”, disse.
Ademilson Borges da Silva, 46, é do Rio Grande do Norte e veio para Porto Velho em 2010 para trabalhar. Durante o almoço, ele contou que o que deseja é arranjar um emprego. “Sei fazer de tudo. Estou correndo atrás de trabalho. E o pessoal aqui está me ajudando, sempre que dá eu me alimento aqui e a comida é gostosa, muito melhor do que ficar sem nada na rua. Também costumo pernoitar aqui”, explicou.
Rose Silva explica ainda que a Semas busca atender a visão para o atendimento a população de rua de acordo com a resolução número 109 /09 do Ministério do Desenvolvimento Social. “O nosso público é diversificado. A impressão que a maioria das pessoas tem, é que os moradores de ruas são desocupados, mas na realidade eles exercem algum tipo de atividade laboral. Uns guardam carro, outros ajudam a carregar mercadorias nas feiras, lavam calçadas de lojas. Só que infelizmente algumas pessoas utilizam este recurso para o consumo de drogas. O que temos feito é incentivar e dar condições para que estes se ressocializem. Tivemos casos de pessoas que entraram aqui sem documentação alguma e que hoje estão documentados. Outros já saíram inserido no mercado de trabalho, fazendo cursos no Senai ou voltaram para seus estados de origem”, acrescenta.
Busca Ativa
Tudo começa com uma equipe de abordagem social, composta por dois educadores, um homem e uma mulher e uma psicóloga, que faz a busca ativa dessas pessoas. Eles os encaminham para o Centro e realizam todo o atendimento padrão. A partir daí começa um trabalho de convencimento para que estas pessoas entendam que necessitam se tratar. E a equipe entra em contato com as famílias. “Tivemos um demandatário que há três anos estava sumido da família, então conversamos e conseguimos descobrir que a família está no Maranhão. Ele só não retornou porque conseguimos incluí-lo no mercado de trabalho. Quando já em uma condição de se sustentar eles já são desligados”, comenta.
Levantamento
Atualmente, também por causa do serviço oferecido no Centro POP, a Semas busca realizar um levantamento sobre quantidade de moradores de rua de fato existem na cidade. “Isto é algo que nunca foi feito antes, e que se priorizou nesta gestão. Temos aqueles que estão na rua, mas têm família e um dia está fora de casa e no outro não. Estes não são caracterizados como moradores de rua. Já tem os que de fato são de rua e perderam completamente o vínculo familiar”, completou.
Fonte: Rebeca Barca
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