Terça-feira, 23 de março de 2010 - 19h09
A Assembléia Legislativa do Estado realizou na manhã de hoje (23), sessão especial para receber membros de diversas entidades religiosas que participaram da promoção e organização da Campanha da Fraternidade 2010. Autor da propositura, o deputado Jesualdo Pires (PSB), fez um amplo levantamento das desigualdades sociais no Brasil. Ele lamentou que 50% da renda nacional estão nas mãos de 10% da população, lembrando que o país é o oitavo em desigualdade social no mundo. Em contrapartida, Jesualdo mostrou o atual Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com o Brasil figurando 75ª posição. "O país é considerado de alto desenvolvimento humano, mas não consegue dividir sua renda de forma mais justa."
O deputado elogiou o tema da campanha deste ano que, segundo ele, vai possibilitar uma ampla reflexão. Ele fez ainda um retrospecto histórico da Campanha da Fraternidade. "Em 1961, três padres responsáveis pela Cárita Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição. A atividade foi chamada campanha da fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal, no Rio Grande do Norte. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil..."
Destacando o tema da campanha, o deputado Neri Firigolo (PT) observou que ninguém consegue servir a Deus e o dinheiro ao mesmo tempo. "É um assunto que mexe profundamente com todas as nossas decisões e reflexões. Estou no meu terceiro mandato e fico feliz em ver, pela primeira vez, a campanha ser lançada na Assembléia Legislativa, que é a casa do povo."
O deputado Ribamar Araújo (PT), ao responder uma pergunta de um popular da galeria sobre a situação de penúria dos moradores da Flona Bom Futuro, mergulhados nas desigualdades sociais e na falta da justa distribuição de renda, explicou que os produtores trabalham há mais de uma década , sobrevivendo numa região sem apóio do poder público e sob ameaças. Ribamar lembrou que conseguiu levar até Rio Pardo, no final do ano passado, autoridades estaduais e federais. "Hoje a situação caminha para uma solução, mas aquele encontro foi importante para mostrar o sofrimento e a realidade dos habitantes."
Arcebispo de Porto Velho e vice-presidente da CNBB Regional Nordeste, dom Moacir Grachi disse que a campanha sugere mudanças de atitudes. Ele frisou que o objetivo "é mudar mentalidades para uma grande tomada de consciência, uma conversão." Segundo o líder religioso, a concentração de rendas no Brasil tem produzido a morte.
Para o pastor Alan Sharle Schulz, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, é necessário denunciar a perversidade do modelo econômico "que gera a desigualdade social, miséria, fome e morte." O presidente do Conselho de Pastores de Porto Velho, Fabiano Antônio Pinto, explicou que o mais importante é que a campanha não fique no discurso. "E, para o verbo se transformar em carne, o arrependimento dos erros passados é o primeiro caminho", aconselhou.
Fonte: ALE/RO – DECOM
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