Cai o 8,2% o endividamento das famílias de Porto Velho

EM OUTUBRO - Cai o endividadmento, mas, não houve variação no número de famílias com as contas em atraso nem nas que não tem condições de pagar suas contas em outubro.

Na pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), em termos de   Brasil,  o número de famílias endividadas caiu de 59,2% em setembro, para 58,6%. Em Porto Velho, neste mesmo mês, o endividamento teve uma queda muito maior de 8,2%, porém, ainda assim o endividamento das famílias de Porto Velho é 14,3% maior que o nacional e, apesar da queda, é o quarto maior endividamento no ano. Só em janeiro, abril e setembro as famílias estiveram mais endividadas.

Também as contas e as dívidas em atraso que são da ordem de 29% na capital de Rondônia representa 23,9% mais que a média nacional. Apenas quando se fala em famílias que não podem pagar suas contas é que, em Porto Velho, essas são apenas 5% contra 9,5% das famílias nacionais que não podem pagar suas contas, ou seja, neste caso 47% abaixo da média nacional. Tanto em termos de dívidas ou contas em atraso, quanto em relação as famílias que não podem pagar suas contas não houve variação nos resultados de setembro e outubro em Porto Velho. O tempo médio com pagamento em atraso em Porto Velho que foi, em setembro, de 52,9 dias caiu para 44,1 dias. Já o tempo médio de comprometimento com dívidas, que, em Porto Velho, foi de 7,2 meses em setembro também caiu para 6,8 meses

     Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO   
 

Em outubro o percentual de famílias que se consideram muito endividadas desceu de 12,7%, em setembro, para 9,6%. Os que se consideram mais ou menos endividadas, tivera um aumento de 21,0% em setembro, para 22,6% em outubro. As famílias que se dizem pouco endividadas caíram de 39,1%, em setembro, para 34,3% em outubro, ou seja, uma queda de 12,3%. As que não tinham dívidas também cresceram 27,2%, em setembro, para 33,55 em outubro. Entre as famílias em atraso predominam as com contas atrasadas até 30 dias (41,5%), seguido das com contas acima de 90 dias de atraso (36,7%) e, por fim, as com atraso entre 30 e 90 dias, que são 21,8 %. A parcela da renda comprometida com dívidas permaneceu no mesmo patamar de 29,2% que existia em setembro. O nível de renda das famílias com comprometimento de mais de 50% da renda caiu de 21%, em setembro, para 20,4% em outubro. Entre 11 e 50% estão comprometidas as rendas de 45,6% das famílias e 25,1% tem um comprometimento abaixo de 10%.

Entre os principais tipos de dívidas a predominância é dos cartões de crédito com 45,0% seguido dos carnês que representam 38,8% das dívidas. Em seguida aparece como principal tipo de dívida o financiamento de carro com 14,5% e o crédito pessoal com 12,1%, seguido do crédito consignado com 8,3%. O crescimento do percentual das famílias endividadas e do percentual de família com dívidas ou contas em atraso no mês de outubro reflete uma menor intenção de consumo e a preocupação das famílias com a própria situação econômica mesmo tendo uma maior facilidade de crédito. Assim, mesmo houve uma cautela muito maior na tomada do crédito ainda que o consumo tenha aumentado com a percepção das pessoas de que é um bom momento bom para compra de bens duráveis.

Fonte: Fecomércio