Quarta-feira, 4 de março de 2009 - 22h16
Ao tomar conhecimento de que o Conselho Superior do Ministério Público Federal arquivou, por unanimidade, inquérito administrativo que apurou denúncias contra o procurador federal em Rondônia Reginaldo Trindade, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) disse ter a convicção de que o procurador foi vítima de retaliações em razão do desempenho de suas funções, e que por isso a decisão do Conselho é justa.
"O trabalho do procurador Reginaldo é exemplar. O que ocorreu, não tenho dúvida, foi uma sucessão de armadilhas preparadas contra ele porque contrariou interesses, especialmente do governador de Rondônia", disse a senadora, lembrando que, em plenário, leu nota do Ministério Público Federal em que a instituição alertava a sociedade sobre as ameaças e imputação de crime roubo de diamantes - que estava sendo preparada contra Trindade.
Durante a apuração sobre os supostos atos cometidos pelo procurador omissão na questão da exploração ilegal de diamantes na reserva Roosevelt e simulação em seqüestro foram ouvidos cinco procuradores da República lotados em Rondônia, cinco funcionários da Funai, um motorista de Espigão do Oeste e uma garimpeira. Nada foi comprovado. "Não há nos autos sequer resíduo de infração administrativa", disse o subprocurador-geral da República, Moacir Guimarães Filho.
A senadora lembra que a revista "Veja" foi utilizada para desmoralizar o procurador, publicando matéria em que Trindade foi acusado de simular o seqüestro de um representante da ONU pelos índios Cinta-Larga. "Tudo foi armado, com a participação, inclusive, de um portal de notícias do Estado", diz Fátima.
Em seu blog, o jornalista Luis Nassif, recorda a senadora, mostrou como Veja manipulou a história. "Usou um vídeo de dois anos antes, na reserva, e fotos que nada tinham a ver com o contexto do seqüestro do oficial da ONU. Com base na reportagem da revista é que o governador apresentou denúncia contra Trindade ao Conselho Nacional do Ministério Público", diz Fátima.
"Na fronteira da civilização, em pleno faroeste brasileiro, um homem da lei, um procurador federal, correndo riscos de vida e de reputação, buscando cumprir sua missão, de impor as leis da Federação sobre a selvageria de quadrilhas. E foi alvejado pela revista Veja. Sua reputação foi manchada em todo o país, foi-lhe suprimido o direito de defesa durante a matéria e após. A revista não publicou uma retificação sequer", disse Nassif em seu blog.
Quem descobriu a farsa do "dossiê" que serviu de base para a revista foi o jornalista Leandro Fortes, de Carta Capital. Em Rondônia ele encontrou uma vendedora de diamantes que foi acionada por comparsas do governador para incriminar Trindade. Ela confessou a trama à Polícia Federal.
"O fato é que Trindade, no zelo de suas atribuições, há muito se revelou uma pedra no sapato do governador. Foi ele quem esteve a frente das investigações de desvios na prefeitura de Rolim de Moura e foi ele quem atuou como procurador eleitoral, denunciando crimes nas eleições para governo", diz Fátima.
Fonte: Mara Paraguassu
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