Segunda-feira, 1 de junho de 2015 - 08h56
Impedir a entrada de um fungo devastador na lavoura cacaueira e do cupuaçu é uma das preocupações da Coordenação Estadual de Trânsito Vegetal, um setor da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), que atua na prevenção à monília, doença endêmica em parte da América do Sul e Central.
A doença não foi detectada no Brasil, mas está sob vigilância constante uma vez que já foi constatada a presença do fungo em plantios da Bolívia e do Peru, países fronteiriços ao Brasil.
O coordenador de Trânsito Vegetal, Rodrigo da Silva Guedes, explica que a monília, apesar de só atacar o fruto, é mais devastadora do que a vassoura de bruxa, uma praga já conhecida dos cultivadores de cacau. “Um único foco é capaz de dizimar toda a plantação”. Além disso, ele salienta que o fungo da monília se reproduz rapidamente, pois é favorecido pelo clima – temperatura elevada e chuvas constantes.
A Idaron desenvolve um trabalho de prevenção nos postos de fiscalização, especialmente nas divisas entre estados, como Amazonas e Acre. Mas os servidores de todos os postos fixos são orientados a impedir a entrada do cacau e do cupuaçu, bem como dos subprodutos. “Nem mesmo a polpa é permitida”, diz Rodrigo.
Manter a monília distante das fronteiras do Brasil é de fundamental importância para o país, especialmente para a lavoura cacaueira da Bahia e o trabalho da fiscalização feito por Rondônia ganha ainda mais importância – a medida funciona como uma cortina de prevenção cercando parte do norte brasileiro.
Ao longo de 2012 o Idaron fez um cadastramento a fim de identificar todos os produtores das espécies theobroma, como o cacau, o cupuaçu e outras. “Esse trabalho nos levou a conhecer os plantadores, mesmo aqueles que tinham um pé de uma das espécies em seu quintal”, ressalta Rodrigo Guedes. O levantamento resultou em um mapeamento, hoje compartilhado pelo Idaron, Emater e Ceplac. “A gravidade da doença nos deixa sempre em alerta; por isso é necessário todo o esforço”.
Segundo o engenheiro agrônomo Rodrigo, a fiscalização também combate a entrada de sementes de pupunha oriundas da Bolívia e do Peru, que costumam fazer o cultivo casado entre a pupunha e o cacau ou o cupuaçu. A contaminação da semente da pupunha acontece no momento da secagem e fica em estado dormente podendo passar para o cupuaçu ou para o cacau. As principais fontes de disseminação da monília acontece pelo transporte de frutos infectados, material vegetativo e embalagens contendo esporos do fungo.
AÇAÍ
Além da monília há também outras culturas que requerem certa atenção da Coordenadoria de Trânsito Vegetal, como o açaí, cujo plantio no Amazonas esta sendo atacado por uma praga inexistente em Rondônia. Isso tem comprometido a comercialização do produto entre os dois estados. Os produtos do açaí vindos do Amazonas só estão podendo entrar em Rondônia mediante a apresentação do PTV – Permissão de Trânsito Vegetal, documento fitossanitário que garante a sanidade da planta. O Estado fiscaliza a planta, enquanto o Ministério da Agricultura os frutos e polpa.
Fonte
Texto: Alice Thomaz
Fotos: Daiane Mendonça
Decom - Governo de Rondônia
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