Quinta-feira, 9 de abril de 2009 - 07h03
A vida do jornalista é assim. Dura, sofrida, amarga. É diferente do que muita gente pensa. Daquele leitor que cedo se diverte com as notícias na mesa do café. Não é à toa que a Organização Mundial de Saúde publicou dados estatísticos provando que as maiores vítimas de infarto, no meio profissional, são os jornalistas. Eu, há muitos anos, faço parte do magote (grande) de hipertensos que labutam nessa profissão considerada atraente, porém ingrata para a maioria, a partir do salário no final do mês. O jornalista vive consumido pela notícia que ele não pode divulgar, pela consciência de tudo que ele tem de suportar, pelo desgaste do dia-a-dia sem compensações.
O jornalista lida com a mais crua realidade dos fatos. E naturalmente é um ser mais sensível e por isso mais exposto e mais ferido. Quem escreve tem alma de pássaro. É um ser mais vulnerável do que aqueles que trabalham com números ou com burocracia. Ele sabe e muitas vezes não pode falar, ou melhor, escrever. Um solitário diante de uma folha em branco, de um teclado inerte, se traindo todos os dias.
Há muitos anos, já nesta terra, optei pelo jornalismo social, pensando encontrar um campo mais ameno, mais agradável, um meio diferente. Ledo engano: no inicio até que sim, com o passar do tempo a badalação é outra, o rumo é diferente para quem não sabe pender para o lado proveito$o, para a banda gostosa, o bom momento da festa.
Li, faz tempo, uma crônica de conhecida jornalista (esqueci o nome) com uma pergunta: Se valeria a pena tanto esforço, tanto se dar para uma profissão tão ingrata. Mas por que tão desejada por tantos? É sim, mas são aqueles que só conhecem o lado do prestígio, a banda gostosa da festa, gente que nunca passou por momentos difíceis.
Hipólito da Costa, no artigo de apresentação do “Correio Baziliense”, por ele fundado, dia 7 de abril de 1908 (em sua homenagem, Dia do Jornalista), assim se expressou: “O indivíduo que abrange o bem geral de uma sociedade vem a ser o membro mais distinto dela: as luzes que ele espalha tiram das trevas ou da ilusão aqueles que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia e do engano”. E mais adiante: “Ninguém, mais útil, pois, do que aquele que se destina a mostrar com evidência os acontecimentos do presente e desenvolver as sombras do futuro”.
Fonte: 'Ciro Pinheiro'
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