Terça-feira, 1 de abril de 2008 - 15h34
Priscilla Mazenotti
Agência Brasil
Brasília - O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) apresentou hoje (1) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos documentos que, segundo ele, mostram que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), sabia que os dados levantados pelo Palácio do Planalto dos gastos da Presidência da República no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era um "levantamento de dados e não um dossiê".
O senador Arthur Virgílio havia apresentado à Mesa do Senado, antes da criação da CPI, um requerimento pedindo informações do banco de dados da Casa Civil no período de 2003 a 2005. O que o deputado apresentou foi uma cópia desse requerimento.
"É um banco de dados. Não é um dossiê. Essa notícia [do dossiê] também revoltou o presidente Lula e a ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil]. Tanto que ela formou uma comissão de sindicância para apurar", explicou Paulo Teixeira.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reconhece que o governo federal é fonte de todos os dados. "Não é surpreendente que o governo tenha banco de dados sobre qualquer matéria. É fundamental para que tenha o conhecimento organizado para pautar a gerência do governo. Não há nenhuma novidade nisso", disse.
O senador ressaltou, no entanto, que o que não se pode é extrair desse banco de dados um dossiê. "O fato desse banco de dados se extrair um dossiê é reconhecido por personalidades do governo com as quais tenho falado", afirmou.
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