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Política - Nacional

Tucanos batem boca na primeira reunião depois das eleições


Adriana Vasconcelos - Agência O Globo BRASÍLIA - A primeira reunião da executiva nacional do PSDB depois das eleições presidenciais terminou em bate-boca. O motivo da discórdia foi uma resolução apresentada sem aviso prévio pelo presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), proibindo a participação do partido em governos estaduais administrados pelo PT. O líder da bancada na Câmara, Jutahy Magalhães (BA), reagiu imediatamente denunciando que a medida estaria sendo usada para tratar de uma questão específica da Bahia, onde o governador eleito, o petista Jaques Wagner, já anunciou que gostaria de ter tucanos em sua administração. - Realmente estão dizendo que o PSDB vai apoiar o governo do PT na Bahia. Mas ninguém falou comigo - reclamou Tasso. Jutahy justificou que até o momento não havia sido realizada nenhuma reunião do partido. O primeiro vice-presidente do partido, deputado Alberto Goldman (SP), propôs que o assunto fosse discutido com serenidade. Jutahy, então, pediu a palavra e argumentou que o PSDB não poderia deixar de colaborar com um governo que derrubou uma oligarquia na Bahia, onde até então se vivia um estágio de "pré-democracia". E salientou ainda que seria importante que o PSDB observasse o recado das urnas. Tasso reagiu dizendo que o colega tucano parecia melindrado em discutir o assunto. - Não tenho nenhum melindre. Mas fico triste quando percebo que o senador Antonio Carlos Magalhães tem interferências em coisas dentro do nosso partido - provocou Jutahy. - Eu não agüento mais isso. Esse Jutahy é um criador de caso! Traiu Fernando Henrique em 1994 e já devia ter saído do partido - retrucou Tasso, já exaltado. O clima, então, esquentou. Jutahy rebateu a acusação de traidor na mesma hora: - Em 1994 fiz uma dissidência e dei conhecimento prévio ao presidente Fernando Henrique. Posso ter errado, mas não traí ninguém. Traidor nessa sala, todos nós sabemos quem é. O líder tucano evitou, contudo, citar o apoio de Tasso à candidatura de Ciro Gomes, então no PPS, à Presidência em 2002 e o rompimento este ano do senador tucano com o governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), que acabou não sendo reeleito. Tasso ainda tentou colocar a resolução em votação, mas foi convencido pelo deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) a não levar a proposta adiante. Jutahy, por sua vez, até admite reabrir a discussão sobre a participação do PSDB no governo de Jaques Wagner, mas se houver um pedido de outros dirigentes do partido como o ex-presidente Fernando Henrique ou os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). - Tasso não tem autoridade política para colocar uma proposta desse em votação. Porque ele traiu o partido duas vezes. Se o Fernando Henrique, Serra ou Aécio acharem que temos de discutir esse assunto, vamos discuti-lo, mas democraticamente - avisou o líder tucano. A executiva tucana se reuniu na noite de terça-feira.

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