Terça-feira, 8 de dezembro de 2009 - 14h55
Alana Gandra
Agência Brasil
O setor brasileiro de tecnologia da informação (TI) conta, a partir desta semana, com uma nova marca, cujo objetivo é ampliar a representatividade das empresas, em especial no mercado internacional. A marca Brasil IT+ (lê-se Brasil IT plus) foi criada em parceria pelo governo federal, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e as entidades do setor de TI.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret, trata-se de uma conquista importante, que reflete o apoio do governo ao setor. Assinalou, entretanto que isoladamente a marca não tem grandes consequências para o fortalecimento do setor de TI no Brasil.
“A marca não resolve o nosso problema. Se ela não estiver associada a atividades definitivas de fomento, de apoio, de incentivo, ela será simplesmente uma marca, cuja preocupação é o mercado externo que, hoje em dia, não é tão claro que seja comprador como era no passado”, comentou Paret.
Por isso, ele defendeu que o governo deve investir mais no setor. “Quase 60% das compras federais na área de TI são canalizadas para o desenvolvimento próprio ou por meio das empresas públicas, como Serpro [Serviço Federal de Processamento de Dados], Dataprev [Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social] etc.”
Paret afirmou que não é possível imaginar a criação de uma empresa nacional forte sem apoio do governo federal por meio das compras e das contratações. “Não existe nenhum país no mundo que tenha criado uma indústria forte sem que essa estratégia tenha sido usada. Ou seja, sem que tenha havido compra pública focada no fortalecimento das empresas”.
O presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), Maurício Laval Pina de Sousa Mugnaini, afirmou à Agência Brasil que a nova marca criada para o setor de tecnologia da informação “sintetiza o conjunto de ações do governo, do empresariado e da sociedade civil, tendo a informática como mote para a nossa inserção internacional”.
Mugnaini lembrou que o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços (Siscoserv), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), permitiu que fossem conhecidos os serviços de propriedade intelectual exportados pelo país. “Então, vivemos um novo momento. E é fundamental que o Brasil tivesse uma marca que representasse exatamente esse conjunto de esforços. E a Brasil IT+ , sem dúvida, representa isso.”
O presidente da Fenainfo estimou que para completar o cenário positivo para o setor de TI é preciso desonerar o trabalho e “enxugar um pouco a nossa carga tributária para nos preparar para essa internacionalização”.
Mugnaini considera que o mercado interno deve ser uma preocupação do setor. “Nunca consegui encontrar alguém que tivesse sucesso no mercado internacional sem ter uma base instalada no seu país”. Segundo ele, é muito difícil para as empresas de informática brasileiras disputarem o mercado europeu ou norte-americano sem ter uma base desenvolvida internamente. “É quase impossível.”
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