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Política - Nacional

Sem mudanças Código Florestal preço dos alimentos sobem


 Luana Lourenço
Agência Brasil

Brasília -  A partir de junho, o Banco do Brasil (BB) não vai mais emprestar dinheiro para produtores que não apresentarem a averbação da reserva legal ou aderirem ao Programa Mais Ambiente, criado pelo governo para regularização ambiental de propriedades rurais. No entanto, segundo Kátia Abreu, as opções de regularização não estão disponíveis para os produtores. “Não existe forma de aderir a essas duas normas. Só existem no papel”.

Como o BB é responsável por cerca de 20% do financiamento da produção agropecuária no país, segundo a CNA, sem os recursos do banco, a produção deverá diminuir. “Se não houver financiamento vamos ter inflação. Se o financiamento demorar, vamos ter aumento do custo de produção, que também vai gerar inflação”, avaliou. “Diante desse caos mundial, onde a inflação mundial de alimentos chega a 4%, não podemos correr esse risco”.

A saída, segundo Kátia Abreu, é regularizar áreas atualmente consideradas ilegais pela legislação ambiental. “Só há uma forma de reverter essa situação. Tirando a insegurança jurídica e votando as alterações do Código Florestal. Se não validarmos as modificações necessárias do código, teremos um grande e grave risco de diminuir a produção de alimentos no Brasil e pressionar a inflação”.

A aprovação da flexibilização do código, proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e já aprovada em uma comissão especial, tiraria grande parte dos produtores da ilegalidade, de acordo com a CNA. A votação do Código é uma das prioridades da pauta do Congresso Nacional.

Kátia Abreu disse que os agricultores estão dispostos a cumprir a lei, desde que ela não seja aplicada retroativamente punindo quem desmatou quando a lei ainda permitia. “Essa anistia que ONGs [organizações não governamentais] radicais dizem que vai existir não é verdadeira: é para corrigir um erro, porque o produtor não cometeu um crime”.

A senadora disse ainda que a CNA está aberta à discussão de pontos polêmicos da proposta de Rebelo, mas só negociará a partir de argumentos científicos. “Queremos combater a teoria ideológica, o fundamentalismo ambiental. Estamos abertos a flexibilizar todos os pontos, mas de ideologismo xiita estamos fartos. Se os argumentos técnicos mostrarem que estamos fazendo mal ao meio ambiente, vamos recuar”.

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