Segunda-feira, 8 de março de 2010 - 07h23
A revista alternativa Sina, comemora na edição 33, o seu 3º ano de circulação em Mato Grosso. Lutando em defesa das minorias, Sina tenta resgatar o jornalismo romântico de décadas passadas, o que não deixa de ser “uma santa quixotada”, como relata Dom Pedro Casaldáliga em seu depoimento. “É importante que a revista continue aberta e realista, estimulando a utopia diária, e sendo profecia de denúncia da iniquidade neoliberal e do anúncio dessa utopia solidária com "os pobres da terra", diz o bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia.
A matéria de capa desta edição comemorativa da Sina é sobre o povo Chiquitano que vive um dilema: Ser ou não ser. Localizados na divisa de Mato Grosso com a Bolívia e apesar do Estado brasileiro reconhecer o povo Chiquitano como indígenas, muitas famílias da etnia negam a identidade, por medo de perderem os empregos na fazenda, ou por sofrerem preconceitos. “Nesses locais, existem várias comunidades de origem chiquitana. Algumas se reconhecem enquanto indígenas, algumas negam a própria identidade, e outras ainda estão divididas”, explica o indigenista José Eduardo Moreira, da Funai.
O deputado estadual Alexandre César (PT), relator do ZSEE na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, garantiu que todos os direitos indígenas dos Chiquitano serão respeitados e garantidos. Para ele, o documento não tem prerrogativa para reformular essa matéria quanto à questão indígena, pois é de responsabilidade do poder executivo federal normatizar e regulamentar. “Isso é de competência privativa da União. O ZSEE reconhece questões já disciplinadas pelo Governo Federal. No nosso relatório mantivemos todas as áreas apresentadas pela Funai, independente do estágio administrativo de demarcação em que se encontravam, isto é, as já demarcadas, ou as que ainda estão em processo para demarcação”, pondera.
Em outra matéria, outra polêmica: o uso do tratamento alternativo, onde adeptos relatam curas nos processos de enfermidade através da urinoterapia, fitoterapia e da argila. O responsável pelo Centro Biosaúde, localizado no Jardim Paraíso II, é o padre Renato Roque Barth, que diz que a proposta é filosófica, de harmonia do corpo, da mente e do espírito. “Um caminho de liberdade e saúde física, emocional, psíquica e espiritual. E, portanto, de felicidade”.
Mas não é o que pensa o presidente do CRM-MT, Arlan Azevedo. Para ele, este tipo de prática é puro charlatanismo. Muita gente deixa o tratamento oficial, para, segundo ele, se aventurar em métodos que não são cientificamente comprovados.
Sina traz ainda artigos de Michèle Sato, Carlos Gomes de Carvalho, Keka Werneck e Luiz Mendes Junior, além da inauguração do Espaço Caminito - Bistrô Cultural. Segundo Amauri Lobo, vice-presidente do Instituto Creatio e coordenador do projeto, o bistrô vai contar com os serviços de bulixo, espaço cultural, de conhecimento e de arte, com serviços de alimentação e bebida. “O atendimento será dividido em faixas de horário, atendendo tanto como bistrô, lanchonete, servindo almoço, tardes para debate, happy hour e uma atração artística ou cultural nas noites. Há uma pequena sala para reuniões diversas. Além disso, o espaço terá uma biblioteca comunitária, jogos e uma vasta programação audiovisual, que será exibida através da TV Zumbidos”, diz Amauri.
Mário Hashimoto
O Governo Federal instituiu nesta terça-feira, 8 de abril, a Portaria Conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre
STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do
Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024
O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (SInagências) conseguiu uma solução direta do governo após intensa articulaç
Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas foi instaurada em Rondônia para investigar possíveis irregularidades nos processos de criação