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Política - Nacional

Presidente do PSB denuncia dois pesos e duas medidas na condenação de Emir Sader


Agência O Globo SÃO PAULO - A condenação do sociólogo e cientista político Emir Sader, professor do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), por injúria contra o senador Jorge Bornhausen (SC), prersidente nacional do PFL, revela, de acordo com o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, "a triste situação de um país no qual imperam dois pesos e duas medidas". - Para a imprensa que enxovalha diariamente a imagem de todos aqueles ligados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vale tudo. Para quem o defende, valem o rigor da lei e sua interpretação estreita - protestou Amaral, entrando na polêmica do relacionamento da imprensa com o governo e com o presidente reeleito. Na opinião de Roberto Amaral, "o grande crime" pelo qual a Justiça de São Paulo condenou Sader foi um artigo veiculado na agência de notícias "Carta Maior", no qual ele reagia a uma frase de Bornhausen veiculada por toda a imprensa sobre o PT: "A gente vai se ver livre desta raça por pelo menos 30 anos". - O ranço de ódio às transformações sociais promovidas pelo governo, curiosamente, não foi considerado crime. Mas a defesa de Sader que, corretamente, definiu o senador como 'das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira. Banqueiro, direitista, adepto das ditaduras militares', foi - disse o presidente do PSB. Roberto Amaral chega a comparar a decisão da Justiça paulista, que determina ainda que Emir Sader seja exclupídos do quadro de professores da Uerj, "caça às bruxas promovida pelos governos militares de triste memória". - Quando Bornhausen falou "desta raça", não estava injuriando ninguém, segundo a interpretação da Justiça. Mas quando o cidadão indignado escreveu que essa frase "revela agora todo o seu racismo", configurou-se crime. E crime que pode levar esse professor, homem honrado e de reputação profissional inquestionável, a perder seu cargo na Uerj, numa versão atualizada da caça às bruxas promovida pelos governos militares de triste memória. Será que o Brasil pode se dar ao luxo de perder a valiosa contribuição de Emir Sader para a formação das gerações futuras? O presidente interino do PSB considera "uma vergonha" que, ao contrário do que acontecia na época da ditadura, agora não seja mais "a força das armas, mas a da própria lei que venha perpetrar este ato de covardia contra o livre-pensar". - A condenação do professor Sader e seu afastamento dos quadros acadêmicos, como ordenado na sentença de primeira instância, são ações de censura e cassação política que todos nós que vivemos os anos de chumbo rejeitamos com o maior vigor. É uma vergonha que seja não mais a força das armas, mas a da própria lei que venha perpetrar este ato de covardia contra o livre-pensar. Hoje se quer calar a voz de Sader; amanhã, a quem mais vão querer calar? - questionou.

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