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Política - Nacional

PMDB realiza convenções estaduais


Adauri Antunes Barbosa - Agência O Globo SÃO PAULO, RIO e PORTO ALEGRE - Com a participação de uma chapa de oposição, o PMDB de São Paulo elege neste domingo seu novo diretório estadual tendo como uma de suas divergências a coalizão com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-governador Orestes Quércia, candidato da situação, defende a coalizão com o presidente Lula, não com o PT, enquanto o deputado estadual reeleito Jorge Luiz Caruso, que encabeça a chapa de oposição, critica a forma unilateral como as decisões vêm sendo tomadas no partido, inclusive a discussão sobre o apoio ao governo federal. - Sempre defendo a união, mas desde que a gente tenha objetivo concreto. Se o deputado Michel Temer (presidente nacional do partido) fala em união apenas para que a gente possa ter um presidente nacional do PMDB ou para que a gente possa entrar mais forte no governo Lula, essa união ele não vai ter. A união que, acima de tudo, a gente defende é a união do partido de respeito. A partir do momento que a gente tiver isso internamente a gente pode pensar em outros degraus - disse Caruso. - Nós estamos fazendo uma coalizão com o presidente Lula, não é com o PT. Nós temos ambições de fazer dentro do PMDB a unidade para nós lançarmos candidato a presidente da República. O partido só se fortalece com candidatos. Nós estamos apoiando o presidente Lula pela circunstância de que ele tem reiterado que vai fazer o país crescer, se desenvolver. E nós sabemos que os economistas com seus projetos fazem muita coisa, mas não conseguem definir caminhos para o desenvolvimento. Nosso grande objetivo é fortalecer o PMDB, colaborar com o governo federal, e ter candidato a presidente da República e fortalecer o sonho nosso de fortalecer o partido - defendeu Quércia. - Esse acirramento termina às 5h da tarde. Este é momento político-eleitoral em que as partes brigam muito, discutem, debatem, mas depois vem a frieza natural que preside e deve presidir a atividade política. Logo depois, nós todos somos do PMDB, temos que fazer a unidade. A unidade vai ser obtida logo depois da eleição. Isso também não surpreende porque o PMDB sempre foi um partido de muitas correntes. Eu até registro que esta foi a primeira vez no plano nacional que nós conseguimos uma unidade praticamente absoluta - observou Michel Temer, que faz parte da chapa encabeçada por Quércia. Segundo o candidato da oposição, ninguém no partido teve oportunidade de discutir a coalizão com o governo Lula. - Não foi respeitado o partido. Ninguém tomou conhecimento disso. Acho que todo cidadão tem obrigação de ajudar o governo porque o fracasso de um governo é o fracasso de todos nós moradores do país. Agora, daí a tomar uma posição política de uma forma unilateral, a gente não tem como respeitar essa decisão no âmbito da executiva estadual - criticou Jorge Luiz Caruso. Quércia, que deve ser reeleito prometendo organizar o PMDB paulista, disse que sua candidatura ao governo de São Paulo foi para ajudar o partido. - Nossa idéia agora é começar do começo, como se diz. Já fiz isso quando era bem jovenzinho. Agora sou menos jovenzinho mas estou firme ainda, graças a Deus. Vou ajudar a organizar o PMDB em São Paulo outra vez. Acabei sendo candidato a governador sabendo de todos os problemas que iria enfrentar, mais para manter a chama acesa do PMDB. Fui candidato a governador com o intuito de ajudar o partido, para ter mais deputados. No final ficou a mesma coisa. Fui consciente de que era difícil. Aí ficou mais difícil com aquela história do dossiê, que transformou o Serra numa vítima. Aí ninguém segurou - disse. Apesar das críticas do adversário, Orestes Quércia acredita que vai conseguir a unidade com o apoio a Lula: - O partido tendo um objetivo, tendo unidade nesse objetivo, ele se fortalece. Por que ele não se fortaleceu no apoio ao primeiro governo do Lula? Porque estava dividido no apoio. Se nós tivermos uma unidade no apoio isso vai ser bom para o presidente, nós temos que dar governabilidade ao país, o presidente se compromete com o crescimento do país. De acordo com o presidente do PMDB de São Paulo, o partido não vai apoiar o governador José Serra (PSDB), que tomará posse no dia 1° de janeiro. - Nós não pretendemos apoiar oficialmente o governo Serra. Mas vamos liberar os deputados para votar de acordo com o entendimento que cada um tenha. Vamos deixar como questão aberta - disse. Rio e Rio Grande do Sul já concluíram eleição O ex-governador Anthony Garotinho foi reeleito neste domingo presidente regional do PMDB. Ele concorreu em chapa única, teve 360 votos - num colégio eleitoral de 450 parlamentares e delegados - e continuará no comando do partido nos próximos dois anos. O deputado estadual Paulo Melo, futuro líder do governo Sérgio Cabral na Assembléia Legislativa, foi eleito vice-presidente da legenda. Também integram a chapa os deputados federais Moreira Franco (segundo vice-presidente) e Bernardo Ariston (tesoureiro). Garotinho não conseguiu concorrer à Presidência da República este ano pelo PMDB. Ele agora tenta evitar a adesão anunciada do partido à base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. O presidente do PMDB-RS, senador Pedro Simon, anunciou e empossou no início da noite deste domingo, na convenção estadual do partido, os nomes dos membros indicados em chapa única para compor o diretório estadual, o conselho de ética, o conselho fiscal e a nominata dos delegados à convenção nacional do partido. Pedro Simon foi reconduzido por mais dois anos na direção do partido. A nominata foi aprovada por 448 votos e rejeitada por 10. De total de 466 votos, seis eram brancos e dois, nulos. Na abertura da convenção, o governador Germano Rigotto agradeceu o apoio do partido durante o governo e lamentou não ter sido reeleito.

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