Sexta-feira, 11 de março de 2016 - 20h45
A convenção do PMDB, amanhã (sábado) e as manifestações contra o governo marcadas para domingo tornam o fim de semana relevante para o desenrolar da crise política. O real tamanho e força das manifestações ainda são, como sempre nesta matéria, insondáveis, apesar da expectativa de que sejam maiores que a anterior. Depois dela a situação econômica piorou, houve a suposta delação premiada de Delcídio Amaral e o cerco a Lula.
Já o jogo do PMDB está claro. Embora o setor oposicionista tenha propalado a possibilidade de rompimento com o governo Dilma, o que agravaria muito a situação se ocorresse neste momento, a cacicada já concluiu que não será possível.
Muitos e veementes serão os discursos e moções pedindo a ruptura, mais moderadas e discretas, embora quantitativamente significativas, as manifestações dos que desejam ficar. Eles expressam a política real. O PMDB tem sete ministérios e gordos nacos de poder. Ninguém é louco de jogar isso fora em pleno ano de eleições municipais. Um dos grandes trunfos do partido sempre foi o fato de controlar o maior número de municípios.
Mas, depois da algaravia, o que eles devem fazer é remeter para o Diretório Nacional a tarefa de examinar os pedidos de ruptura e tomar uma decisão dentro de um prazo a ser fixado. Este prazo, ainda em negociação, expressará a correlação de forças entre as duas alas. Talvez 30, talvez 60 dias. Até lá, a crise também pode ter tido seu rumo definido, seja em que direção for.
No mais, o vice-presidente Michel Temer será reeleito presidente do partido, com o apoio de gregos e troianos. Foi para construir esta unidade que ele trabalhou muito nas últimas semanas, evitando comprometer-se com a ruptura ou com a permanência no governo, muito antes pelo contrário.
Depois, o PMDB continuará com um pé em cada canoa. Enquanto uns pilotam suas máquinas no governo, outros vão continuar conversando com o PSDB sobre “saídas” para a crise. Com o impeachment, o PMDB herdaria o governo na pessoa do vice Michel Temer. Mas para o impeachment, faltam as bases legais, a prova de que Dilma cometeu um crime de responsabilidade no atual mandato. A solução parlamentarista poderia garantir o governo (primeiro ministro e gabinete) para a coalizão PMDB-PSDB. Mas uma emenda neste sentido esbarraria no STF. E como já disse o ministro Marco Aurélio a este blog, ainda que houvesse a adoção deste sistema, ele não poderia alcançar o mandato de Dilma, eleita para governar quatro anos em sistema presidencialista.
Na terceira hipótese, a da cassação da chapa Dilma-Temer com chamamento de novas eleições presidenciais, o PMDB nada ganharia. Os candidatos fortes serão Lula, Aécio e Marina.
Finalmente, o PMDB ganharia com a quarta hipótese, a da renúncia de Dilma, que levaria à posse de Temer. Mas isso ela voltou a descartar hoje.
A nave segue.
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