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Política - Nacional

Pistoleiros expulsam assentados na Amazônia


Agência O Globo RIO - Famílias de trabalhadores rurais assentadas pelo Incra estão sendo expulsas de seus lotes por pistoleiros que agem a serviço dos madeireiros responsáveis pela devastação da Amazônia. Apavoradas com as ameaças e vencidas pela insegurança e pela falta de infra-estrutura em lugares distantes centenas de quilômetros de qualquer povoado, as famílias abandonam seus lotes mas continuam registradas como beneficiárias da reforma agrária. A violência dos madeireiros fez surgir na Amazônia assentamentos fantasmas. A situação mais grave se passa no assentamento do Rio Cururuí, criado pelo Incra em áreas da União no município de Pacajá, no Pará. Implantado em 2005 para 686 famílias, o assentamento hoje só tem cerca de 70, ainda assim em área ilegal. Fugiram com medo das ameaças dos pistoleiros. - As famílias saíram de lá com medo, deixando todos os seus pertences e perdendo a plantação que já tinham começado. Algumas voltaram, mas vivemos com medo de que um dia esses pistoleiros voltem - conta uma das líderes do asentamento, Aurinete Moneiro. E além do isolamento, da falta de infra-estrutura, da violência da convivência com vizinhos indesejados, como pistoleiros e madeireiros, os assentados ainda têm que enfrentar endemia de malária e animais perigosos, como a onça pintada. No assentamento Flor do Brasil, em Pacajá, Valdete Pereira pegou malária 12 vezes em um ano e nove meses. E nem os funcionários do Incra escapam dos perigos encontrados noa assentamentos. Além da dificuldade que o lugar oferece para se criar uma infra-estrutura mínima, eles também sofrem com as ameaças de grileiros, madeireiros e pistoleiros. O superintendente do Incra na região, Ernesto Rodrigues, reconhece que os assentamentos são "muito ruins": - O pessoal fica à mercê da sorte, por ser uma área de difícíl acesso e com muitos grileiros. Nós enfrentamos vários problemas para criar aqueles assentametnos, às vezes dependemos da proteção da Polícia Federal. O geógrafo da UFF Carlos Gonçalves, especialista em questões fundiárias, analisa que os assentametnos não estão funcionando, e o pior, estão contribuindo para a devastação do meio ambiente. Para ele, "o governo Lula está fazendo aquilo que criticava", já que a nova política de ocupação da Amazônia é bem parecida com as medidas do regime militar. Leia a reportagem completa na edição desde domingo de O GLOBO DIGITAL

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