Petrobras quer receber em dinheiro pelas refinarias da Bolívia

Ramona Ordoñez, Agência O Globo RIO - A Petrobras espera receber em dinheiro o pagamento pela venda das duas refinarias bolivianas à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A informação foi dada pelo diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, ao explicar que, dos US$ 112 milhões acertados, metade deverá ser paga logo e o restante no máximo em 60 dias. Barbassa não descartou, contudo, que parte do pagamento possa vir a ser feita em gás natural. - Vai ser pago em dinheiro. Mas se for em gás, para nós faz pouca diferença proque o gás tem a mesma liquedez do que dinheiro - destacou Barbassa. O diretor garantiu que a Petrobras não teve prejuízos ao fixar o valor de venda das duas refinarias em US$ 112 milhões. Segundo ele, nunca foi exigido um pagamento de US$ 200 milhões como chegou a circular no mercado nas últimas semanas. Barbassa explicou que esse valor leva em consideração o fluxo de caixa futuro. Segundo um executivo, a companhia informou que antes da resolução do governo boliviano assumindo as operações de exportação das refinarias, na última semana, tinha chegado a apresentar como proposta o valor de US$ 153 milhões. Esse dirigente afirmou que a proposta apresentada na última segunda ao governo boliviano foi de US$ 112 milhões. A Petrobras adquiriu as duas refinarias em 1999 por US$ 102 milhões, e investiu cerca de US$ 20 milhões em melhorias e modernização das mesmas. Mas ao longo dos último sete anos as duas unidades teriam dado dividendos para a Petrobras da ordem de US$ 125 milhões. O diretor Babassa não quis entrar no detalhe dos valores mas reafirmou que a operação não representou prejuízos à companhia brasileira. - Eu diria que o preço de venda das refinarias é o preço que a gente conseguiria se ficassemos com elas operando por mais 10 anos, 15 anos. Os US$ 112 milhões é o fluxo de caixa futuro . E esse valor é o valor das refinarias antes do decreto que expropiou o fluxo de caixa da Petrobras - afirmou

Sexta-feira, 9 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

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