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Política - Nacional

Petrobras aluga navios de processamento de gás


Petrobras aluga navios de processamento de gás, seguindo plano para diminuir dependência da Bolívia Agência O Globo SÃO PAULO - A Petrobras anunciou que vai fretar dois navios para operar os terminais de gás natural liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara (RJ) e de Pecém (CE). A estatal e o governo federal dão, assim, o primeiro passo para diminuir a dependência nacional do gás importado da Bolívia. A nacionalização dos hidrocarbonetos no ano passado pelo presidente boliviano Evo Morales, e a recente, e ainda não encerrada, disputa sobre a indenização a ser paga à Petrobras por suas instalações desapropriadas na Bolívia compõem o pano de fundo para o aluguel desses navios. A um custo de cerca de US$ 90 milhões por ano, esses dois navios, alugados da britânica Golar, terão capacidade para processar 21 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Até sexta-feira, quando o governo boliviano reduziu o envio de gás ao Brasil por mais problemas internos no país, a Petrobras recebia cerca de 26 milhões de metros cúbicos por dia da Bolívia. De acordo com a estatal brasileira, o gás natural responde hoje por uma fatia de 9,3% da matriz energética nacional. Em quatro anos, deverá chegar a 11%, nos cálculos da Petrobras. O Projeto GNL, criado para contrapor a atitude desafiadora dos bolivianos, tem o objetivo de desenvolver a produção nacional, hoje virtualmente inexistente. Isso não apenas permitirá que o país não dependa totalmente do gás boliviano, mas também deve permitir que receba o produto de outros fornecedores internacionais. As duas embarcações deverão operar estacionadas, realizando a regaseificação do GNL, processo pelo qual o produto volta ao estado gasoso. A unidade que ficará no Rio atenderá as usinas termelétricas Barbosa Lima Sobrinho, Leonel Brizola e Mário Lago. A outra vai fornecer gás para as unisas TermoFortaleza, TermoCeará e Jesus Soares Pereira. Ambas também vão atender os mercados industriais da região onde estarão, segundo os planos da Petrobras. (José Sergio Osse | Valor Online)

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