OAB-AM: Servidores do IBGE gastam R$ 2,5 milhões com cartões

Funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Amazonas gastaram, em 2007, R$ 2,5 milhões com cartões corporativos. A maioria dos recursos foi sacada nos finais de semana e feriados. As informações são resultado de um levantamento realizado pela Seccional do Amazonas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), sob encomenda do Conselho Federal da entidade.

De acordo com o relatório preliminar da OAB-AM, os saques foram feitos por 36 servidores nos municípios de Manaus, Carauari, Coari, Eirunepé, Itacoatiara, Manacapuru, Parintins e Tefé. Os dados foram adquiridos pela OAB-AM no site da Controladoria Geral da União (CGU).

A OAB-AM cruzou os dados com os gastos de funcionários do IBGE de outros estados brasileiros e concluiu que no Amazonas os servidores têm gasto médio duas vezes maior que o Estado do Pará, que aparece em segundo lugar. No Amazonas, a média de gasto por servidor foi de R$ 69,6 mil, enquanto os do Pará gastaram, em média, R$ 34,6 mil. São Paulo, que tem o maior número de funcionários, gastou R$ 14,8 mil por servidor. Minas Gerais, com 146 servidores, gastou, em média, R$ 15,3 mil.

As servidoras Marilucia Siva de Moraes, Miriam Motta Correa Pinto e Fernanda Rodrigues Gomes, lotadas no município de Tefé, sacaram conjuntamente no cartão corporativo R$ 308.580 em 2007, o que representa R$ 102,8 mil para cada uma. Foram os maiores saques individuais efetuados no ano passado. Chama a atenção o fato de os saques serem feitos aos sábados e domingos.

Os servidores Paulo da Silva Rodrigues de Almeida Filho e João Monteiro de Souza Júnior, sacaram conjuntamente o valor de R$ 192.716. A totalidade dos valores utilizados por ambos servidores, foi realizada em saques em dinheiro. Os saques também foram efetuados aos sábados e domingos, de acordo com o relatório da OAB-AM.

Jonatas Bentes Picanço fez saques no valor de R$ 87.235 com cartão corporativo nas mesmas circunstâncias dos colegas: aos sábados e domingos.
De acordo com o presidente da OAB-AM, Aristófanes Castro Filho, esse levantamento é o primeiro que a entidade conseguiu concluir, de uma série de órgãos federais analisados. O trabalho está sendo feito em todo o Brasil, pelas seccionais.

Fonte: (Diário do Amazonas)